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Economistas sugerem alternativas para fortalecer AM

Os entraves da MP (Medida Provisória) dos tablets deixaram os representantes do Estado em uma ‘pilha de nervos’, e geraram premissas para o retorno dos debates sobre as possíveis modificações no modelo ZFM (Zona Franca de Manaus), ainda mais quando as discussões sobre Reforma Tributária caminham em lados opostos à ‘ideologia’ do arquétipo de 44 anos.
No ano anterior, o Corecon/AM (Conselho Regional do Estado do Amazonas) chegou a receber várias propostas visando a atualização do modelo, para que o PIM (Polo Industrial de Manaus) não perdesse espaço no mercado nacional por conta das decisões políticas, como a medida publicada na última segunda-feira, 23.
A tentativa do Conselho, segundo o presidente da entidade, Erivaldo Lopes, é trabalhar junto ao governo estadual de forma propositiva, para contribuir no planejamento e desenvolvimento do PIM. De acordo com o dirigente, o Conselho já requisitou uma audiência para apresentar as propostas ao Governo do Amazonas. “Não estou dizendo que todas podem ser úteis, mas é uma iniciativa”, comentou.
Segundo a assessoria do Corecon/AM, o ofício foi protocolado no dia 21 de fevereiro. A reportagem entrou em contato com a Agecom/AM (Agência de Comunicação Social) para verificar o destino do ofício. Contudo, de acordo com a assessoria, apesar da procura nos dados, a resposta só deve ser dada hoje.
O economista e membro do conselho titular da entidade, Francisco Assis Mourão, ressalta que, embora haja desejo de prorrogar a Zona Franca, um dos principais focos dos projetos é impulsionar os ajustes de infraestrutura logística. Além disso, Assis salienta que há necessidade de desenvolver outros segmentos no Estado, como o turismo e o setor agropecuário. “Não devemos ficar dependentes da ZFM”, considerou.
Teruaki Yamagishi, consultor de empresas do polo, acredita que não deve haver modificação no modelo básico da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), até por conta da sua vigência, que já perdura por mais de quatro décadas. “Não é tão fácil modificar as coisas”, ponderou.
Para o professor de economia da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) José Alberto Machado, a questão é justamente esta. Segundo ele, apesar das mudanças na posição do Brasil, não houve nenhuma renovação na agenda do Amazonas, embora o problema enfretado hoje não seja tão atual assim.

Logística e mão de obra

Enquanto os parlamentares argumentam que foram traídos pela presidenta Dilma Rousseff (PT), Machado esclarece que não se trata de trair uma região ou outra. O economista declara que uma grave ‘doença’ da região é o fato de considerar sua postura como certa, e a do Brasil como errada, mesmo que o país também tenha interesse em desenvolver seu setor. “O pior doente é aquele que acha que não tem doença nenhuma”, ironizou, ressaltando que fora os incentivos, conhecidos como grande diferencial do Estado, não há outro atrativo para a vinda de empresas, até por conta da deficiência logística e falta de mão de obra especializada.
O consultor do polo, Yamagishi, afirma que a isenção para outras áreas afeta a vantagem no Amazonas, no entanto, é preciso encontrar um ponto conciliatório junto aos outros Estados. “Não podemos brigar com o restante do país”, concluiu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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