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Termoplásticos expandem 10,49% e faturam US $ 1.3 bi

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Impulsionadas pelo desempenho das fabricantes de garrafas plásticas e de poliestireno, as vendas do setor termoplástico registraram crescimento de 10,49% entre janeiro e novembro do ano passado, em relação ao mesmo intervalo de 2006. O faturamento das indústrias do setor, que foi de US$ 1.18 bilhão no acumulado anterior, recebeu uma ‘injeção’ de US$ 123.77 milhões e fechou em US$ 1.30 bilhão no acumulado de 2007.

A receita computada até o mês onze já ultrapassa em 2,36% todo o faturamento atingido em 2006, da ordem de US$ 1.27 bilhão.

Embora os indicadores de desempenho do PIM (Pólo Industrial de Manaus) sinalizem um saldo de 10% no último ano, existe um ‘lado da moeda’ deficitário que é escondido pela progressão das indústrias de garrafas PET (Politereftalato de etila) e de poliestireno (material utilizado em bandejas de iogurte, geladeiras, painéis de TV, monitores de computador, copos descartáveis, entre outros).

Mão-de-obra encolheu

Para as fábricas de gabinetes voltados aos produtos eletroeletrônicos e bens de informática, o último ano significou uma redução de 40% nas vendas e a dispensa de 3.000 empregados.

De acordo com o presidente do Simplast (Sindicato das Indústrias de Materiais Plásticos de Manaus), Ulisses Tapajós, a importação de peças da China, a transferência de grande parte das linhas de monitores para São Paulo e a evolução tecnológica das TVs, que caminhou para a produção de telas ultrafinas e sem a necessidade de uma quantidade expressiva de material plástico, estão levando o setor para a ‘lona’. “As indústrias de poliestireno e de garrafas plásticas fizeram a média crescer, mas as empresas transformadoras de peças se encontram trabalhando com 40% de ociosidade”, afirmou o dirigente.

Segundo Ulisses Tapajós, 70% das fabricantes de gabinetes para áudio e vídeo estão no prejuízo e 30% trabalham no ‘zero a zero’, ou seja, sem perda nem lucro. O dirigente enfatizou ainda que nem os negócios fechados com as fabricantes de motocicletas, responsáveis por um crescimento produtivo de 22% entre os meses de janeiro e novembro, foi suficiente para recuperar o declínio sofrido nas vendas para o pólo eletroeletrônico de Manaus.

Produção de TVrecua no período analisado

No período em análise, a fabricação de televisores CRT (tubo de raios catódicos) recuou 17,86% no paralelo com o acumulado de 2006. “A queda na venda de TVs tem impacto muito maior que a expansão do setor de duas rodas. O crescimento da comercialização de motos não equilibra as contas”, frisou.

Mas a redução da demanda por televisores no mercado brasileiro não é o único problema do segmento. Conforme o presidente do sindicato patronal, um volume significativo de peças plásticas importadas da China continua entrando no país.

De acordo com os indicadores de desempenho industrial divulgados pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o pólo eletroeletrônico, principal comprador do setor termoplástico, destinou US$ 3.97 bilhões à importação de insumos, entre os meses de janeiro e novembro de 2007.

Esse valor representou 67,34% de um montante de US$ 5.89 bilhões gasto com a aquisição de peças. O mercado regional ficou com a parcela de 25,14% (US$ 1.48 bilhão) dos recursos direcionados à compra de insumos e o nacional com 7,52% (US$ 443.36 milhões). “Continua-se importando muitas peças plásticas da China porque o PPB (Processo Produtivo Básico) permite. A única alternativa que temos para mudar esse quadro é a mudança dessa legislação. Temos contado com a boa vontade da Suframa, mas o trâmite é lento porque tem que haver consenso entre as empresas”, explicou Tapajós.

Outra medida que vai beneficiar as indústrias do setor, segundo o dirigente, é a fabricação exclusiva dos condicionadores de ar split no Pólo Industrial de Manaus, a partir de 2010. “Esse é um alento que temos. Mas até lá muitas fábricas vão fechar”, lamentou o dirigente.

Sem retorno

Diante da conjuntura apresent

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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