O aumento do desmatamento na Amazônia, denunciado nos últimos dias por organizações governamentais e não-governamentais, confirma o que tenho dito aqui nesta coluna ao longo do tempo, ou seja, este avanço na direção do esgotamento da capacidade de absorção do gás carbônico atmosférico pela floresta Amazônica é, de fato, inexorável. Dificilmente poderão ser usados mecanismos de impedimento eficazes, pois o Estado de direito não possui capacidade operacional capaz de impedir que ações de desmatamento deixem de ocorrer na região como vem ocorrendo.
Pior do que isto é o grau de comprometimento do discurso governamental, no sentido de estimular a atração de recursos financeiros internacionais para incrementar fundos governamentais de preservação da floresta Amazônica. Mais do que nunca os acontecimentos atuais podem comprometer a eficiente aplicação destes fundos, no sentido para que foram criados. Falta credibilidade ao discurso político e falta, verdadeiramente, criar ambientes de negócios mais eficientes e não apenas criar áreas de proteção integral ou de uso sustentável ou outras categorias de unidades de conservação que se deseje criar pelos governos. Ledo engano querer barrar o desenvolvimento de qualquer atividade econômica!
É carnaval, é alegria …
Ainda hoje muita gente pensa que o Carnaval é uma festa tipicamente brasileira, mas toda esta farra existe desde os primórdios. Sua origem tem início nos cultos agrários da Grécia (605 a 527 a.C). Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo. Já o Carnaval pagão começa quando Pisistrato oficializa o culto a Dioniso na Grécia (século VII a.C) e termina, quando a Igreja Católica adota a festa em 590 d.C.
O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egito, com dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais. Depois, a tradição se espalhou pela Grécia e Roma, entre os séculos VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de eventos alegres, que reduzissem o stress da época, ocasião em que sexo e bebidas passam a fazer parte desta festa. Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles e outros adereços.
O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C. Antes, a instituição condenava a festa por seu caráter “pecaminoso”. No entanto, as autoridades eclesiásticas da época se viram num beco sem saída. Não era mais possível proibir o Carnaval. Foi então que houve a imposição de cerimônias oficiais sérias para conter a libertinagem. Mas esse tipo de festa batia de frente com a principal característica do Carnaval: o riso, a brincadeira…
Somente em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua. Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval. O motivo da mobilidade da data é não coincidir com a Páscoa Católica, que não pode ter data fixa para não coincidir com a Páscoa dos judeus. Em relação ao domingo de Carnaval, que é sempre no 7º domingo que antecede ao domingo de Páscoa, esta só pode ocorrer entre 22 de março e 25 de abril. Neste ano bissexto, excepcionalmente, a Sexta-Feira da Paixão será comemorada no dia 21 de março.
O Carnaval brasileiro surge em 1723, com a chegada de portugueses das ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. A principal diversão dos foliões era jogar água nos outros. O primeiro registro de baile é de 1840. Em 1855 surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos, precursores das atuais escolas de samba. No início do século XX, já havia diversos cordões e blocos, que desfilavam pela cidade durante o Carnaval. A primeira escola de samba foi fundada em 192