De uma oferta geral de 10.058 vagas no mercado de trabalho formal, o Amazonas fechou o ano passado com o acúmulo de 5.802 vagas não-preenchidas, isto é, praticamente 58% do total oferecido durante o período. Apesar da alta procura, 82.816 inscritos no Sine-AM (Sistema Nacional de Emprego no Amazonas), o volume superou em mais de 12% o ofertado em 2006.
A informação, divulgada no último fim de semana pelo diretor do Departamento do Trabalho do Sine-AM, Murilo Cunha, revelou ainda que, das 33.234 carteiras de trabalho expedidas durante o período, 38,2% são de mulheres, isto é, 12.694 candidatas a participar da economia local.
Segundo Cunha, o ano passado foi marcado por esse aumento da participação da mão-de-obra feminina, mais de 16% em relação a 2006, o que mostra o interesse cada vez mais crescente pelas amazonenses no quadro pessoal das empresas de vários setores da economia local.
Empresas prestadoras de serviço, comércio, indústria e construção civil foram, respectivamente, apontadas por Murilo Cunha como os setores que mais ofereceram vagas no ano passado. Com a estabilização da economia e o crescimento espetacular do setor imobiliário no Amazonas, disse Cunha, “é bem possível que neste ano, esses mesmos setores permaneçam entre os que mais oferecem oportunidades de vagas ao Sine-AM”, acrescentou.
A titular da Setrab (Secretaria de Estado do Trabalho), Iranildes Gonzaga Caldas, afirmou que diante da sustentabilidade observada no processo de criação de empregos, é plenamente possível vislumbrar que o Amazonas deverá manter este ano o ritmo de crescimento obtido em 2007, considerado pela executiva como um dos melhores desempenhos da década na criação de emprego formal.
Iranildes Caldas defendeu que o trabalhador amazonense não pode ficar alheio às variações na oferta de trabalho formal, mas buscar sempre cursos de especializações ou aperfeiçoamento para manter um currículo sempre atualizado. A executiva apontou que, apesar do saldo positivo na oferta de emprego na capital amazonense, a manutenção desse déficit de mão-de-obra especializada no Estado ainda representa o grande ‘calcanhar de Aquiles’ no Amazonas.
Mais de cinco mil postos de trabalho deixam de ser preenchidos por falta de qualificação profissional
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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