A grande novidade na oferta de emprego para o primeiro trimestre deste ano, de acordo com Iranildes Caldas, foi a parceria firmada com a Seinf (Secretaria de Estado da Infra-estrutura), onde ficou acordado que a maior parte do processo de empregabilidade para a construção da ponte sobre o rio Negro passe necessariamente pela seleção do Sine/AM.
Segundo a executiva, a reunião com o secretário da infra-estrutura, Marco Aurélio Mendonça, foi marcada pela elaboração de um cronograma com o número de mão-de-obra necessário que será divulgado até o fim deste mês, onde está prevista a triagem dos operários sob a responsabilidade do consórcio Camargo Corrêa/Construbase e do Estado do Amazonas. “A maior parte dos profissionais que irão trabalhar nas obras da ponte será escolhida pelo Sine/AM. Como é uma obra do governo, nada mais justo estar a cargo da nossa secretaria a triagem dos operários locais que irão trabalhar na ponte”, acrescentou Iranildes Caldas.
Embora o órgão estadual não tenha fornecido dados precisos, especialistas da construção civil estimam que, devido à grandiosidade da obra, pelo menos 2.000 pessoas irão trabalhar direta ou indiretamente na construção da ponte.
A meta do Sine/AM no ano passado, na qual o Amazonas aparece com uma variação acumulada de empregos de 4,73%, com saldo de 14.124 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses, segundo Iranildes Caldas, foi cumprida. “O saldo positivo serve de incentivo para que a gente desenvolva programas de capacitação e formação de políticas de trabalho e estrutura da rede de atendimento ao trabalhador. Com isso estaremos redimensionando o mundo do trabalho formal e dando incentivo às forças produtivas no Amazonas, criando mecanismos de encaminhamento para as empresas do setor, desenvolvendo cursos de qualificação e capacitação”, assinalou.
Disputa
acirrada
O diretor do Departamento do Trabalho do Sine-AM, Murilo Cunha, afirmou que das 82.816 pessoas inscritas no sistema no ano passado, apenas 20.156 foram encaminhadas para disputar as 10.058 vagas, média aproximada de duas pessoas por vaga. Na opinião de Cunha, a disputa por vagas disponíveis no mercado será muito acirrada este ano, já que muitos jovens profissionais vêm optando por cursos de especialização como forma de conseguir um diferencial diante da falta de experiência profissional.
“A maioria das solicitações que chegam para nós aqui no Sine pede que os candidatos sejam, além de devidamente capacitados, tenham experiência de pelo menos três anos na função ofertada. Isso dificulta a entrada de muitas pessoas no mercado de trabalho”, explicou Murilo Cunha.
