O consumo nacional de energia elétrica no Brasil totalizou 35.378 gigawatts-hora (GWh) em novembro de 2010, com alta de 4% frente a igual mês de 2009 e crescimento de 8,1% no acumulado do ano, conforme informações da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). As classes residencial (3,9%) e comercial (1,0%) seguem em expansão, mesmo com significativa influência negativa de temperaturas mais amenas nas regiões Sul e Sudeste.
O consumo residencial totalizou 8.971 GWh em novembro de 2010, o que representa um aumento de 3,9% frente a igual período de 2009. O consumo médio residencial, pela média móvel de 12 meses, foi de 156,4 KWh/consumidor, alta de 3,2% em relação a novembro de 2009.
As taxas mensais de julho a novembro de 2010, apesar de elevadas, já apresentam valores inferiores quando comparadas aos verificados ao longo dos meses do primeiro semestre de 2010. Estes resultados estão, em parte, associados ao fenômeno atmosférico-oceânico La Niña, que acarreta temperaturas mais amenas e, consequente–mente, um menor consumo de energia elétrica; fato este que se observou em especial nas regiões Sul e Sudeste no mês de novembro.
Já nas regiões Nordeste e Norte não houve tal efeito, de modo que a primeira foi a região que mais se destacou ao incrementar seu consumo em 12% frente a igual período de 2009. Outro destaque é a região Norte, que cresceu 8,5% – apesar do mais modesto desempenho do Amazonas (3,1%), responsá-vel por cerca de 23% do mercado residencial desta região.
O consumo comercial no país, ao longo de 2010, apresentou forte expansão até o mês de setembro, com crescimento médio acumulado de 7% frente a 2009. Nos últimos dois meses a média ficou em 2,4% devido à influência da temperatura. E em novembro, a classe de comércio e serviços totalizou 5.823 GWh, com uma expansão de apenas 1,0%.
As regiões Nordeste (8,9%) e Norte (6,7%) seguem em forte expansão, indicando o fortalecimento das atividades de comércio e serviço.
Consumo industrial
O consumo industrial nacional totalizou 15.726 GWh em novembro de 2010, representando crescimento de 6,2% em comparação a igual mês de 2009. Esta taxa ainda está influenciada pelo desempenho de novembro de 2009, último mês de crescimento negativo da indústria (-2,2%) ain–da em decorrência da crise econômica mundial.
As regiões Norte e Nordeste apresentaram crescimentos de 5,7% e 4,7%, res-pectivamente. A primeira, em face do bom desempe–nho do Amazonas (11,7%), vis-à-vis a manutenção do aquecimento das atividades do PIM (Polo Industrial de Manaus). Já no Nordeste, o destaque fica com a Paraíba, que expandiu o consumo em 13,2% frente a novembro de 2009, destacando-se atividades relacionadas às indústrias têxtil e minerais não metálicos.
