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Gasolina chega a custar R$ 3 no Estado

O preço da gasolina cobrado no Amazonas é o quarto mais caro do Brasil chegando a R$ 3 no interior, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo) com 130 postos de combustível no Estado. Das seis cidades pesquisadas, Tefé (a 525 km de Manaus) lidera o ranking, com o valor mais elevado. Até mesmo o preço mínimo do município é R$ 0,05 superior ao valor mais caro do Estado (depois de Tefé) –R$ 2,80-, encontrado em Parintins.
Enquanto apenas 13 postos foram analisados em Tefé, Manaus teve 80 unidades revendedoras de combustível como alvo das pesquisas da agência. Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), o valor mínimo cobrado na capital foi de R$ 2,19, com teto de R$ 2,69, entre os dias 11 e 17 de outubro. Mas, o Jornal do Commercio apurou que ontem a gasolina era vendida até por R$ 2,85.
Na segunda semana do mês, o valor máximo encontrado na capital era de R$ 2,64 de acordo com a ANP. O aumento atual já era aguardado pelos consumidores e proprietários de postos. A gasolina brasileira tem 25% de sua composição formada por etanol e, já que a cana-de-açúcar está na entressafra, o aumento no preço do álcool foi repassado para as bombas de gasolina.
A gerente do posto de abastecimento de combustíveis DNP, Ana Lopes, disse que os clientes ainda reclamam do reajuste. “Apesar de tentarmos segurar o aumento utilizando o estoque até o final, é inevitável trocarmos a placa de preços. Eles reclamam que sempre que o álcool sobe a gasolina vai junto”, comentou.
A Única (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar) confirmou que a entressafra impulsionou o aumento no valor do etanol e comunicou que, desde julho deste ano, o preço do produto subiu 32%.
De acordo com a Ticket Car, empresa que gerencia sistemas de crédito para abastecimento de frota e realiza periodicamente pesquisas sobre o setor, além do agravante da cana-de-açúcar, o transporte do combustível da usina até o mercado final encarece a mercadoria. “Os maiores produtores estão em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Estados mais distantes, como Amazonas e Acre, acabam tendo a gasolina mais cara, inclusive pela falta de estrada, já que restam apenas os rios como vias de acesso”, ponderou o gerente de negócios da Ticket Car, Marcelo Nogueira.

Gasolina x álcool

Os consumidores que possuem carros flex –movidos à gasolina e álcool– podem optar pelo combustível mais barato. De acordo com o especialista da Ticket Car, a diferença de preço tem de ser de 30%. “É preciso tomar cuidado, pois, apesar de mais barato, a autonomia do veículo com o álcool é, em média, 30% menor. Para ser que a utilização seja vantajosa, o preço do litro também necessita ser 30% inferior”, explicou Nogueira.
No posto Shell, localizado na esquina da avenida Djalma Batista com a rua Pará, a subgerente Jane Medeiros disse que a maioria das mulheres pergunta qual é o combustível mais vantajoso. “Quase todas as mulheres que vêm abastecer querem uma explicação sobre o porquê de o álcool ser melhor ou não, dependendo da variação de preço”, assegurou Jane Medeiros sobre a preocupação do motorista em relação ao melhor custo-benefício.
Considerando a tabela de preços da ANP para gasolina e álcool, hoje, a diferença de preço está em 26,02%. Já que o álcool não atingiu a marca de 30% abaixo do valor da gasolina, ainda é preferível abastecer com gasolina. O álcool também foi verificado em Tefé, onde o preço único é R$ 2,30.
A assessoria de comunicação da Refinaria Isaac Sabbá, esclareceu que apenas 30% da gasolina consumida no Estado é produzida na capital amazonense, sendo que o restante do combustível vem principalmente do Rio de Janeiro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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