Fieam quer energia limpa e transferência tecnológica

A diretoria da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) se reuniu na semana passada para debater a participação empresarial na COP-15 (Conferência das Partes 15 da Convenção do Clima) em Copenhage (Dinamarca). Durante o evento, os convidados Flávio Montenegro e Walter Simoni, da equipe técnica de mudanças climáticas da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), compartilharam com a Fieam as expectativas em relação à conferência.
O evento promete ser um marco histórico nas discussões sobre mudanças climáticas no contexto mundial, com discussões sobre o mercado de carbono e taxação das emissões, além do compromisso dos países em desenvolvimento, como China e Índia, e a discussão sobre o “direito ao desenvolvimento”.
Para a indústria do Amazonas, os temas de maior relevância são os instrumentos financeiros para transferência tecnológica e o incentivo à produção de energia limpa. Segundo Flávio Montenegro, o PIM (Polo Industrial de Manaus) tem realidade favorável para produção de equipamentos de energia limpa e esse cenário não é o mesmo em todo país. Portanto, o PIM teria mais possibilidades de investir nesse segmento.
Nesse contexto, o “protecionismo verde”, a demanda por produtos com baixa emissão de GEE (gases de efeito estufa) e a abertura de novos mercados para a substituição da matriz energética seriam tendências que afetam diretamente o mercado industrial.
Montenegro e Simoni apresentaram ainda o trabalho desenvolvido pelo comitê de mudanças climáticas da Fiesp. Segundo Flávio Montenegro, ciente da seriedade dos potenciais impactos das mudanças climáticas no setor privado, a Fiesp decidiu ampliar o conhecimento da entidade sobre o tema, identificar riscos e oportunidades, influenciar órgãos do governo federal sobre o tema e trabalhar em conjunto com entidades empresarias. Na reunião, a Fieam foi convidada a se envolver na COP-15 e participar das discussões.