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Empresas de serviços têm maior ­rentabilidade dos últimos oito anos

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A ampliação do crédito e a recomposição de estoques em importantes segmentos da indústria também impulsionaram os resultados do setor. O estudo apresenta o Indicador de Rentabilidade Ajustada das empresas, que alcançou a média de 6,6% em junho de 2007. O indicador mede a relação entre o lucro ajustado (lucro líquido excluindo-se a equivalência ­patrimonial e os resultados extra-operacionais) e o faturamento líquido.

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 9.700 balanços, sendo 3.200 de empresas da indústria, 3.700 do comércio e 2.800 de serviços. Os balancetes de junho de 2007 foram divulgados somente no 3º trimestre de 2007.
A rentabilidade das empresas do setor de serviços, no primeiro semestre de 2007, atingiu 9,9%, com destaque para as prestadoras de serviços de utilidade pública, entre elas, as do segmento de telefonia fixa. O índice refletiu a estratégia de muitas operadoras em ofertar serviços de valor agregado, motivadas pela estagnação da taxa de penetração e pela diminuição no tráfego de ligações, devido à migração dos usuários para a telefonia móvel. Planos alternativos para cobrança de assinatura básica mensal, ­controle de pulsos utilizados e tarifas especiais para o usuário de acesso discado à Internet já são praticados.

Reconquistando clientes

As operadoras têm voltado seus esforços para ofertar pacotes de serviços sofisticados como o “triple play” -uma ­combinação de telefonia fixa, televisão a cabo e acesso à internet por banda larga a custo único, em parceria com ­empresas de TV a cabo -e IPTV, pacotes que, além dos serviços “triple play”, englobam transmissão de sinal de TV via banda ­larga.

Essas inovações significam, não apenas diversificação de mercados e novas fontes de receita, mas a garantia da própria sobrevivência e melhoria da lucratividade do setor.

Baixa do dólar

No segmento de energia, a rentabilidade foi beneficiada pela apreciação do real frente ao dólar, que ajudou a diminuir o custo financeiro das empresas endividadas em moeda estrangeira, pelo aumento do consumo de energia elétrica e pela melhor gestão das empresas do segmento.
O aumento da massa salarial e do crédito foram propícios à expansão das compras de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (naturais consumidores de energia elétrica), beneficiando, sobretudo, o consumo da classe residencial.

No primeiro semestre de 2007, o setor industrial registrou rentabilidade próxima ao ano de 2004, favorecido pela demanda aquecida, tanto externa como interna. Após atingir o maior nível de rentabilidade em 2004 (7,0%), o setor apresentou queda em 2005 (6,1%) e 2006 (5,5%) devido à valorização do Real, que reduziu a rentabilidade das exportações de bens industriais.

Em contraposição, o efeito cambial foi positivo para segmentos nos quais parte dos custos são importados, bem como para as empresas com dívidas em dólar, cuja cotação em queda reduziu as dívidas em reais, gerando receita ­financeira e contribuindo para a renta­bilidade.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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