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 Economia no centro dos debates dos candidatos majoritários

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Foto: Divulgação

Andreia Leite

@andreiasleite_  @jcommercio

A menos de uma semana do pleito 2022, a disputa entre os candidatos segue acirrada cercada de debates e entrevistas. Diferente de anos anteriores, a questão econômica está mais centralizada e surge como pauta nas discussões. As propostas que envolvem o tema este ano são fundamentais para angariar votos. São vários pontos em voga nesse aspecto a serem observados, alguns são considerados por especialistas ouvidos pelo Jornal do Commercio. 

“A economia entra com o foco essencial, pois estamos vivendo um período pós-pandemia em que o panorama econômico está mais difícil e funcionando de uma maneira diferente, devido ao baque do lockdown, escassez de insumos, trabalho remoto, assistencialismo, desemprego, PIB e várias outras questões”, pontuou o professor universitário e consultor econômico Mourão Júnior, afirmando que essas pautas se tornaram centrais entre os candidatos. 

Ele analisa que vários desses candidatos têm usado esses temas como compromisso de campanha. “Muitos alegam defesa à Zona Franca de Manaus, por exemplo, e desta forma vão divulgando seus planos de governo. Então, o quesito  econômico é fundamental, fora a questão  externa como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Além da ameaça de recessão na economia americana e europeia e, recentemente, uma ameaça nuclear”, analisou. 

Segundo ele, são questões que preocupam o eleitor sobre o futuro e o que está por vir. “Se ele vai ter renda, emprego e como vai ser o sustento da família”. São diversos desafios para encarar no âmbito econômico.

Para o presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Marcus Evangelista, infelizmente a sociedade não fica atenta a esses critérios, “São justamente as propostas que envolvem a questão econômica, que definem o futuro econômico do Estado, por exemplo, nós precisamos de propostas que venham trazer alternativas econômicas para o nosso Estado, fortalecer o modelo Zona Franca de Manaus é um deles. Praticamente todos os candidatos trazem esses pontos com algumas particularidades e a sociedade deixa passar isso batido, infelizmente”, comentou. 

Todos os candidatos de um modo geral estão colocando às suas plataformas de proposta a questão do incremento da Zona Franca de Manaus criando e desenvolvendo novas potencialidades econômicas, porém, conforme Evangelista, isso não ocorre num passo de mágica. “É um desafio que vem de outros governos e continua do mesmo jeito. Onde a gente não tem desenvolvimento das novas matrizes. Sabemos que isso não vai acontecer numa virada de chave. É uma questão de planejamento que é justamente o que demanda a economia do Estado. Um planejamento onde vai se estruturar o desenvolvimento de novas matrizes, quer seja na questão do turismo, mineração, têm muitas coisas. Nós temos potencialidades para ter um ganho, uma geração de emprego, no entanto, isso nunca sai do papel. Todos eles abordam esse tema, mas a proposta é uma coisa, a execução é outra”. 

“Vamos torcer que aquele que seja eleito consiga de fato executar as necessidades que nossa economia exige no tocante a geração de emprego e novas matrizes economicas”, completou. 

Tema em voga no país

Em material divulgado pela assessoria, sobre intenções de voto, o economista Walter Franco acredita que o voto do eleitor só será influenciado pela inflação se ele identificar no candidato o aumento de preços. Caso contrário isso não ocorre. “Neste momento, o emprego é mais sensível que os preços dos produtos. E a inflação vem caindo em razão das altas taxas de juros, entrada de safra agrícola e redução significativa dos preços dos combustíveis. Vale destacar que a queda de preços no varejo é mais importante que o nível dos índices de inflação, mas no geral os preços continuam altos”, considera.

Para o especialista De La Cruz, os impactos econômicos vividos pelos brasileiros podem ser determinantes na intenção de voto. “Esse fator reflete principalmente no controle da inflação. O aumento no preço dos alimentos e dos combustíveis estão entre as principais queixas dos eleitores, isso leva ao aumento também da taxa de juros, impactando diretamente no crescimento da atividade econômica. Hoje o Brasil está com a maior taxa de juros real do mundo e uma renda menor que 2021, levando as pessoas a consumirem menos. Outros fatores como o desemprego e o controle das contas públicas podem interferir na decisão dos eleitores”, evidencia.

Conter a inflação será um desafio para o próximo governante e, segundo Márcio, essa pessoa precisará explicar de onde virá a arrecadação, pois com os juros altos desestimulam os investimentos no país. Além disso, é preciso muita atenção nas questões externas, por exemplo, aumento da taxa de juros dos U.S.A e o preço dos commodities.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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