Após oito meses consecutivos de queda, o preço das commodities começaram a reagir. Em março, o índice CRB, que monitora o desempenho de uma cesta composta por metais, energia e produtos agrícolas, registrou ganho de 4,17%. Este foi o primeiro resultado positivo desde junho do ano passado, quando o índice CRB subiu 9,6% e atingiu sua pontuação máxima.
Foi o ápice da bolha das commodities, estimulada por compras especulativas diante de um cenário que combinava enfraquecimento do dólar, inflação e demanda aquecida no mundo. Com o estouro da crise, o congelamento do crédito e o enfraquecimento do consumo, o valor desses ativos desabou pela metade nos meses seguintes.
Apesar da recuperação em março, as commodities amargaram o terceiro trimestre consecutivo de queda, com desvalorização de 3,98%. Mesmo negativo, o resultado indica uma melhora significativa de cenário em relação ao trimestre anterior, quando o índice CRB desabou 33,5%. As commodities também se saíram bem melhor do que as ações. O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York, registrou queda de 13,3% no período.
Segundo os analistas, a melhora reflete a estabilização dos mercados após o período mais critico da crise financeira global, quando investidores liquidaram ativos em massa.
“Houve uma transição entre as reações de pânico e terror do trimestre passado para reações que são cada vez mais baseadas na avaliação da exata dinâmica de oferta e demanda de cada mercado”, afirmou o relatório trimestral de commodities do banco de investimento britânico Barclays Capital. Para Vinícius Ito, analista da corretora Newedge, em Nova York, a reação das commodities em março é explicada, principalmente, pela volta do temor de inflação, que enfraqueceu a moeda americana.
Commodities dão sinais de recuperação
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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