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Camex mantém em 10% tarifa do trigo importado de fora do Mercosul

Os ministros que integram a Camex (Câmara de Comércio Exterior) decidiram na terça-feira) manter em 10% a TEC (Tarifa Externa Comum) sobre o trigo em grão importado de países de fora do Mercosul.

A decisão foi tomada após o anúncio de que o governo argentino vai reabrir os registros de exportação do produto, que estavam suspensos desde dezembro último.

A Argentina é o principal fornecedor de trigo do Brasil, responsável por cerca de 90% das importações do cereal.

Após a suspensão dos registros de exportação naquele país, o governo brasileiro passou a estudar a redução tarifária, a fim de facilitar a entrada de trigo do Canadá e dos Estados Unidos e evitar desabastecimento do grão.

De acordo com informações da Secretaria de Agricultura do Ministério da Economia e Produção da Argentina, o país vai autorizar o registro de exportação de 2 milhões de toneladas de trigo nos próximos cinco meses. Não foi definida a quantidade a ser vendida ao Brasil.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse considerar o anúncio argentino como “um dado positivo”. Ressalvou, porém, que o Brasil avaliará as novas condições antes de decidir sobre a redução tarifária para outros países.

“A nota do governo argentino é baseada em estimativas. É preciso comparar com as nossas estimativas de desabastecimento. Isso vai ser estudado”, adiantou Amorin.

“Vão ser examinados os estoques do produto. Por enquanto, nenhuma alteração vai ser feita. Como a Argentina informou que regularizou a exportação, provavelmente o Brasil comprará da Argentina e outras medidas não serão necessárias”, acrescentou a secretária-executiva da Camex, Lytha Spíndola.

De acordo com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o Brasil não corre riscos imediatos de desabastecimento de trigo. Em 2006, o país produziu apenas 22% do total consumido.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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