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Banquinhos digitais

Banquinhos digitais

A pandemia do novo coronavírus afetou em cheio a economia, deixando milhões de pessoas desempregadas ao redor do mundo. O impacto na renda das famílias gerou recordes de dívidas e de inadimplência. Para se ter uma ideia, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o número de famílias endividadas no Brasil em agosto foi o maior desde 2010, chegando a 67,5% da população. O percentual de famílias com contas em atraso, por sua vez, chegou a 26,7% – um aumento de 2,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

É inegável que a queda na renda impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas, mas boa parte dos problemas financeiros dos adultos, no entanto, poderia ser evitada se eles fossem mais preparados para lidar com suas finanças desde cedo. Pensando nisso, os bancos digitais Next e Inter lançaram contas para crianças.

É de criança que se aprende

É raro encontrar escolas em que as crianças são ensinadas sobre a importância de administrar o dinheiro. Na maioria das vezes, elas crescem sem qualquer orientação, e ao chegarem à idade adulta, acabam aprendendo a importância de poupar e investir por tentativa e erro.

Em casa, a mesada talvez seja um dos métodos mais tradicionais utilizados pelos pais para ensinarem aos filhos o valor do dinheiro e a importância de poupá-lo. Mas foi-se a época em que as moedinhas e notas ficavam guardadas no cofrinho, esperando serem resgatadas para satisfazer o sonho de consumo dos pequenos. As crianças já podem, atualmente, contar com suas próprias contas digitais – uma maneira mais segura e prática de poupar e aprender a lidar com o dinheiro.

O Banco Next, que faz parte do Bradesco, lançou recentemente o nextJoy, uma conta digital para crianças e adolescentes. O serviço é gratuito e tem foco na educação financeira. Com ele, adolescentes de até 17 anos podem movimentar a conta por meio de um aplicativo especial e têm direito a cartão de débito físico e digital.

Outro banco que lançou há pouco tempo uma conta para crianças é o Inter. A conta Kids também é gratuita, e pode ser aberta pelos pais por meio do aplicativo da instituição. Após a aprovação dos documentos, o banco envia um cartão de débito personalizado com o nome da criança, para que ela tenha mais liberdade para pequenas compras.

“Acreditamos que educação financeira é coisa séria e quanto mais cedo as crianças e adolescentes tiverem contato com esse universo, saberão o valor do dinheiro, da importância de se poupar e planejar o futuro, e mais bem preparados chegarão a vida adulta”, diz Priscila Salles, CMO do Banco Inter.

A Conta Kids oferece ainda a possibilidade de investimentos em renda fixa como CDB, LCI, LCA e poupança, além de acesso a fundos de investimento e previdência privada. “A Conta Kids nasceu com o objetivo de apoiar pais na orientação de seus filhos e primeiros passos no universo financeiro. Percebemos que não havia um produto adequado para esse público, além de ser uma demanda recorrente de nossos clientes, que queriam uma opção segura para iniciar os filhos na educação financeira”, explica Priscila.

Por que orientar desde cedo?

Os hábitos relativos ao dinheiro começam a se formar muito cedo. As crianças absorvem informações como esponjas, e alguns dos comportamentos que adotam quando são jovens podem durar até a idade adulta. Por isso, ensinar lições financeiras aos pequenos evita que hábitos negativos se enraízem e contribui para a formação de adultos mais responsáveis.

Para Priscila, é fundamental que as escolas incluam questões relacionadas à educação financeira desde os primeiros anos da educação, já que o início da vida escolar é fundamental para a construção do conhecimento e aprendizagem das crianças. Um dos maiores desafios é mostrar que é preciso poupar e pensar no longo prazo para conquistar objetivos maiores, além de ter disciplina para que não se gaste mais do que ganhe.

O exemplo vindo de casa também é super importante. “Os pais podem ensinar os filhos a comparar preços quando for ao supermercado e analisar fatores como custo-benefício, por exemplo. Dar mesada também traz ensinamentos e responsabilidades. O dinheiro que a criança recebe todos os meses deve fazer parte de um projeto onde ela entenda a importância de planejar e se comprometer com os seus gastos, quando, como e onde gastar e o que deve ser levado em conta em sua decisão”, conclui Priscila.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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