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“…sustentabilidade não combina com pobreza…”, Wilson Lima

Fico animado quando vejo essas afirmativas que ultrapassam a copa das árvores, vão além dos satélites e chegam nas pessoas da floresta, no ser humano, no cidadão. Fico ainda mais animado quando vem do governador Wilson Lima a quem tenho respeito e gratidão pelos resgates que já fez no AGRO do Amazonas. Acredito que tenha sido comigo o primeiro contato com alguém do setor primário que ele teve quando ainda era candidato. Ainda tenho comigo o documento que entreguei com algumas sugestões. Foi lá no comitê de Adrianópolis, levado por amigos, assim como foi quando, anos antes, também levado por amigos, ajudei o então candidato Eduardo Braga na disputa com o professor José Melo. Ambos os momentos por amizade, nada de cobrança, nada de pagamento, apenas por ver um setor agropecuário sendo melhor tratado pela “Compensa”. Pelos resgates que fez até hoje, e ainda tem mais 3 anos e meio, o AGRO do Amazonas saberá reconhecer os avanços até aqui obtidos na atual gestão (último deles o GARANTIA SAFRA), e outros que por certo acontecerão. 

Essas frases ditas recentemente pelo governador do Amazonas são necessárias. Foram elas: “…primeiro, proteger as pessoas que vivem na floresta…” e “…sustentabilidade não combina com pobreza…”.

Mas, permita-me governador, fazer algumas considerações já exaustivamente batidas neste espaço, e que se não foram feitas, teremos mais quatro de anos de aumento do que sei que você não quer, ou seja, a sustentabilidade com pobreza, como o senhor herdou e ainda está hoje. 

  1. O senhor assumiu o governo com metade da população na pobreza, então, está evidente que tudo que foi feito no passado foi ERRADO. Nos seus primeiros anos já aumentou, estamos chegando a 60%;
  2. A área ambiental do estado, desde a gestão do Eduardo Braga (secretário dele, e o seu atual da SEMA, tem origem na FAS, com S) não faz o mínimo esforço para fazer o ZEE do Amazonas. Os dois sabem a razão, mas acredito que não devem falar. Estive lá na SEMA em 2019, mas nada aconteceu. Sabe aquela história do quanto mais bagunçado melhor, é mais ou menos por aí. Roraima fez recente, com ajuda de doutores da UFAM, e o Acre já tem desde 2010 (O Acre da ministra do Meio Ambiente). Não é estranho o AmaZONAS não ter o ZEE?
  3. Pergunte para o BASA, BB, CAIXA, AFEAM, SICOOB e SICREDI o motivo do Amazonas continuar amargando os últimos lugares no acesso aos bilhões dos financiamentos do Plano Safra/Governo Federal? Sem crédito rural não tem AGRO. Não é a toa que MAPA e MDA ficam “brigando” por bilhões para o AGRO familiar e empresarial;
  4. É fato que os atuais interlocutores internacionais da área ambiental do Amazonas (do governo e fora dele) tem certa facilidade para captar recursos internacionais. Vimos agora mais R$ 78 milhões do banco alemão que deveriam ir para o IDAM, mas foi pra FAS. Qual a razão? Tenho recebido questionamentos nesse sentido, de gente do próprio IDAM. Isso é escandaloso! Não sou contra captar recursos internacionais, mas lembro que o senhor recebeu o estado com metade da população com FOME. Então, não pode continuar os mesmos métodos do passado;
  5. O senhor chegou a ver a propagando que a FAS fez na época da campanha. Dizendo que a próxima pandemia ia começar por aqui. Sabemos da ligação do atual SEMA com a FAS. Poderia ter pedido para não fazer isso, um gol contra nosso turismo. Um absurdo!
  6. O senhor viu no site da SEMA fotos de fogo no Amazonas? Quem tem 97% preservado não pode mostrar FOGO de forma a meter medo;
  7. O senhor viu o tobogã de pirarucu que postaram no site da SEMA? Outro absurdo!
  8. Cadê a concessão florestal, o REDD+ e o crédito de carbono? A área ambiental que vem desde 2003 é só jogando para o futuro.
  9. Cadê a agilidade no licenciamento ambiental? Tem link abaixo de 2021 do site da SEMA sobre esse tema;

08.08.2023Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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