O Palácio do Planalto mandou avisar na sexta-feira (12): está acesa a luz amarela do PAC da Copa do Mundo quanto aos prazos de entrega das obras de mobilidade urbana. Essas obras são consideradas como “herança benigna” do maior evento do futebol mundial a ser realizado no Brasil em 2014. O alerta se refere a alguns projetos que estão tecnicamente condenados por problemas de orçamento básico.
Fazendo prevalecer seu lado mais técnico que político, a presidente Dilma Rousseff quer todas as obras previstas dentro de um cronograma de metas o mais rápido possível. De acordo com o ministro do Esporte, Orlando Silva, o governo quer a data limite de 31 de dezembro de 2011 para liberar o dinheiro de mobilidade urbana da Copa. “As obras que puderem ser entregues até dezembro de 2013 ficarão no pacote. Quem não puder, ficará de fora do PAC”, explicou o ministro.
O alerta do Planalto mais do que nunca serve para Manaus, que está entre as quatro capitais, ao lado de Brasília, Natal e Recife, que ainda não fizeram nenhuma contratação das obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo. Enquanto a Arena da Amazônia caminha a passos largos, colocando-se entre as obras esportivas mais adiantadas entre as capitais, Monotrilho e BRT ainda não saíram do papel.
Na Secretaria de Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, Manaus aparece como a cidade que apresentou dois projetos de monotrilho a um custo de R$ 1,3 bilhão para 20 quilômetros de extensão, nove estações e dez trens. A CEF bancaria 42% desse valor, mas nada foi contratado até o momento “porque o projeto não cumpre todo o protocolo de viabilidade ambiental e social”.
O governo federal tem R$ 7,8 bilhões para financiar as obras, mas alguns projetos estão sendo reprovados. O motivo para a rejeição de mais de 31% das propostas é a falta de competência técnica de prefeituras e governos estaduais que compõem as 12 sedes da Copa-2014 na elaboração correta das propostas e plano executivo das obras.
A coordenadora chefe do grupo que estuda as planilhas dos projetos na Secretaria, Luiza Gomide, destaca que “os projetos foram feitos com alguns problemas na origem: falta de análise para licenciamento do Ibama; falta de análise de custos sobre desapropriações e reassentamentos urbanos”.
Dilma breca 17 projetos de mobilidade urbana
Redação
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