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Investimentos de R$ 4,5 bi no Amazonas

A ANP (Agência Nacional de Petróleo) e a HRT Participações em Petróleo S.A, exploradoras de petróleo no Amazonas, devem investir no Estado o equivalente a R$ 4,5 bilhões em pesquisa e exploração do combustível nos próximos quatro anos. A informação foi revelada pela diretora da Agência, Magda Chambriard, durante o seminário realizado na última sexta-feira, 12, pela ANP, e que contou com o apoio da CGRMGE (Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás e Energia) da Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas).
A diretora destacou que apenas em 2010 foram injetados R$ 270 milhões somente na bacia do Rio Solimões, e que outros R$ 650 milhões ainda devem ser aportados. De acordo com Magda, toda a produção de petróleo no Estado é de áreas concedidas com contrato de concessão assinado e do trabalho da Petrobras e do consórcio HRT e Petro que exploram 1,3 milhão de quilômetros quadrados de bacia sedimentar que o Amazonas possui. Entretanto, a diretora alerta para a necessidade de integração entre a ANP e os órgãos ambientais para que não ocorram embaraços nas liberações de licenças ambientais.
Magda disse que para haver campos de petróleo e gás é preciso, antes, que haja uma preparação, ou seja, que a ANP estude a área para exploração e produção e identifique seu potencial, e que as autoridades ambientais permitam a exploração. O outro passo são as jornadas de licitação que são promovidas pela ANP, as quais participam empresas nacionais e internacionais que atuam na exploração de petróleo. “No Amazonas decorreram de três rodadas de licitação para a escolha do consórcio HRT e Petro”, afirma ela, frisando que o Amazonas detém o melhor e o mais caro óleo do país, representando 2% das reservas brasileiras.
Conforme relatou a diretora da ANP, o maior desafio do país é saltar de 14 milhões de barris de reserva de petróleo para mais de 30 milhões num futuro muito próximo. “Isso se contar apenas com as descobertas feitas pelo pré-sal”, enfatizou.
O secretário estadual de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos do Amazonas, Daniel Nava, assegurou que os aportes serão acompanhados de perto pelo governo estadual, que já articula em Brasília formas de consolidar o setor de exploração mineral sem que haja danos ao meio ambiente. O titular da pasta ressalta ainda que o setor nunca recebeu tantos investimentos e que a perspectiva é associar a extração de combustível seja ele petróleo ou gás natural à exploração do setor de minérios, o qual a presidente Dilma Rousseff (PT) sinalizou ‘boa vontade’ em destinar recursos para uma eventual exploração, destacando a grande jazida de potássio encontrada no município de Nova Olinda do Norte.
“Estamos trabalhando para que sejam feitos não só investimentos em exploração, mas que também a área da pesquisa seja trabalhada”, disse, alertando que se fazem necessários investimentos em grandes portos no Amazonas. Para ele, as hidrovias são ótimas alternativas de escoação para o potássio. “São essas estratégias que definiram o futuro dessa alternativa”, emendou.
A senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB), assegurou que a bancada federal do Estado em Brasília tem realizado trabalhos efetivos na costura de projetos que possibilitem ao Amazonas alternativas econômicas para serem incorporadas ao atual modelo industrial, a Zona Franca. Grazziotin defendeu durante o seminário a consolidação do PIM (Polo Industrial de Manaus), mas também destacou a necessidade da implantação de polos fármacos e um efetivo polo de exploração de petróleo e gás natural.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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