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Retomada tem reflexo nas importações

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As importações e exportações do Amazonas fecharam 2017 em alta na comparação com 2016. No total foram US$ 8,717 bilhões importados no período, contra US$ 6,250 bilhões de 2016. A variação foi quase 40% superior. Já as exportações tiveram crescimento de 17% no mesmo tipo de confronto. China e Argentina impulsionam o resultado da balança comercial amazonense. Os dados são do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

O gerente executivo do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios do Amazonas), José Marcelo Lima, comenta que o aumento era esperado por conta da evolução econômica e da indústria nacional, após saída de uma das piores crises da história do país. “Com esse ligeiro crescimento da economia houve um impacto na abertura de postos de trabalho e no desempenho do setor produtivo. E no segundo semestre é comum termos alta na produção e nas vendas por conta das festas de natal e ano novo”, disse Lima.
Segundo a balança comercial, de janeiro a dezembro as importações cresceram US$ 2,467 bilhão no Amazonas ou 39,48% no confronto com igual período do ano anterior. Em dezembro, as importações marcaram a cifra de US$ 673,2 milhões e no mesmo mês de 2016, registrou US$ 558 milhões. Uma diferença de 115 milhões e variação positiva de 20,64%.

Por outro lado, na comparação com novembro, que fechou com US$ 824,4 milhões, houve recuo de 18,34%. De acordo com a balança, o mês de agosto foi o melhor do ano para as importações com US$ 862,5 milhões. Já fevereiro foi o período que o setor amargou seu pior momento ao comercializar 529,3 milhões.

Na exportação, o Amazonas também fechou o ano em alta ao registrar US$ 673 milhões, uma variação de 17% em relação a 2016, quando teve US$ 575,2 milhões. Entre os períodos, o Estado exportou 97,7 milhões a mais.

No mesmo sentido de alta, em dezembro, as exportações marcaram a cifra de US$ 57,4 milhões, 20,64% superior que o mesmo mês de 2016 (US$ 45,4 milhões). Na comparação com novembro, houve um recuo de 14,98% com US$ 67,5 milhões comercializados.

O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, explica que o recuo em dezembro na comparação com o mês anterior, tanto na exportação quanto na importação é resultado das férias coletivas de trabalhadores do PIM (Polo Industrial de Manaus). “Tradicionalmente depois do dia 15 de dezembro, isso acontece devido a pouca produção uma vez que grande parte das vendas já foram feitas pelas empresas”, afirma.

Ele reforça que o bom desempenho do Amazonas, principalmente a partir de setembro, é reflexo da recuperação econômica, no entanto, as grandes empresas retomaram a produção em menor escalada. “Para 2018 temos as melhores expectativas, e apostamos em fatores como a reforma da previdência para dar mais segurança jurídica e criar um ambiente favorável de negócios. Além disso é ano de Copa do Mundo que também deve impactar a nossa produção”, finaliza o vice-presidente da Fieam.

Ranking dos países
A China continua sendo a líder dos países importadores para o pátio industrial, com US$ 3,121 bilhões em importações de janeiro a dezembro do ano passado. Um crescimento de 35,51% em relação a 2016, quando fechou com US$ 2,303 bilhões. A segunda colocada permanece a Coreia do Sul com US$ 916,4 milhões vendidos ao PIM, número maior que do ano anterior, onde atingiu as cifras de US$ 642 milhões. Um crescimento de 42,75%.

Em seguida está os Estados Unidos, que teve alta de 37,51% no período, com US$ 838,5 milhões importados ao setor industrial de Manaus. Depois aparece o Vietnã com US$ 671 milhões importados contra US$ 403,5 milhões em 2016. Um crescimento de 66,29%. Fechando o ranking em quinto, Taiwan cresceu de 395,3 milhões para US$ 580,7 milhões no decorrer de 2017, uma expansão de 46,87%.
Referente às exportações, a Argentina também continua na liderança do ranking com US$ 180,8 milhões exportados de janeiro a dezembro. Alta de 50% em relação a 2016, quando fechou com apenas US$ 120,5 milhões. Em seguida vem a Colômbia com a cifra de US$ 143 milhões comercializados e variação de 29,62%.

Os Estados Unidos também ocupam o terceiro lugar nas exportações do Amazonas e registra alta de 12,07% no período, com US$ 40,8 milhões. Bolívia aparece depois com US$ 40,3 milhões, número maior que do ano anterior (US$ 4,6 milhões). Um crescimento de 760%. Já o México fecha o grupo com expansão de 13,12% atingindo US$ 36 milhões contra US$ 31,8 milhões em 2016.

Principais produtos
Os números do Mdic mostram que partes para aparelhos receptores de rádio e televisão continuam ocupando o primeiro lugar na lista de produtos mais importados pelo Amazonas, tendo um crescimento de 64,5% e um total de US$ 1,824 bilhões importados em 2017.

Em seguida vem as partes de aparelhos de telefonia, que cresceram 27,71%, atingindo a cifra de US$ 600,2 milhões em importações no período. Os microprocessadores ocupam a terceira posição com US$ 397,6 milhões e um crescimento de 33,94%.

Ainda segundo a balança comercial amazonense, o produto mais exportado pelo Estado durante o ano passado foi a bebida concentrada. Mesmo com o indicador, o produto teve uma leve queda de 0,25% ao comercializar US$ 182,9 milhões, cifra menor que US$ 183,4 milhões em 2016.

O segundo colocado são as motocicletas com US$ 131,1 milhões, alta de quase 60% na comparação com o ano anterior, quando fechou em US$ 82 milhões. Em terceiro aparecem as lâminas de barbear com alta de 19,83% no período, ao contabilizar US$ 34,1 milhões exportados do setor industrial de Manaus.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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