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Produção industrial de bens duráveis registra aumento em janeiro, avalia Iedi

Na passagem de dezembro a janeiro de 2010, a produção industrial brasileira avançou 1,1%, descontadas as influências sazonais. Esse resultado foi fortemente influenciado pelo desempenho favorável da produção de bens intermediários e de bens de consumo duráveis, com destaque para produtos de metal (12%) e material eletrônico e de comunicações (14,3%).
No corte por categoria de uso, três dos quatro segmentos da indústria registraram aumento da produção em janeiro frente ao mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais. A maior taxa de crescimento foi verificada no setor produtor de bens de consumo duráveis (8,6%), seguido pelo setor de bens intermediários (2%), o qual, com esse décimo-terceiro avanço consecutivo nessa base de comparação, acumula incremento de 22,5%. Abaixo da média global da indústria, o setor produtor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis cresceu apenas 0,4%, enquanto a produção de bens de capital ficou praticamente estável (-0,1%).
Na avaliação do Iedi, os resultados da indústria em janeiro sugerem que a evolução do nível geral do produto industrial está reproduzindo, em grande medida, o ciclo de produção de bens duráveis. Após recuar dois meses consecutivos, a produção geral da indústria brasileira avançou 1,1% em janeiro frente a dezembro, fortemente influenciada pelo desempenho do setor de bens duráveis –cuja produção cresceu 8,6% (ante -4,9% em novembro e -5,5% em dezembro), na série ajustada sazonalmente.

Desoneração de IPI

Contudo, para os próximos meses, a trajetória do ciclo de bens duráveis não está clara. Por um lado, deve-se lembrar que está em curso o fim da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis e produtos da linha branca, o que deve causar impacto negativo sobre a produção desses bens, embora seja difícil precisar sua magnitude. Por outro lado, o crédito voltou com bastante força na economia brasileira e, não obstante a elevação do seu custo em razão da elevação das alíquotas do compulsório, certamente, afetará positivamente o setor de duráveis. Ou seja, a produção do setor de bens duráveis pode, sobretudo neste primeiro semestre, apresentar oscilações, com reflexos diretos sobre a produção geral da indústria.
Na comparação com janeiro de 2009, houve uma alta da produção industrial de 16,0%, o segundo aumento consecutivo a dois dígitos consecutivo, em razão da baixa base de comparação. No acumulado dos últimos 12 meses frente a igual período imediatamente anterior, a produção industrial apresentou recuo de 5,0%, registrando uma clara desaceleração de queda (-7,4% em doze meses terminados em dezembro).
Frente a janeiro de 2009, todas as quatro categorias de uso apresentaram taxas positivas. O setor produtor de bens de consumo duráveis liderou a expansão (36,4%), seguido pelo setor produtor de bens intermediários (20,2%). Abaixo da média global, mas ainda assim com taxas expressivas, em razão da base de comparação deprimida, o setor produtor de máquinas e equipamentos registrou incremento de 12,8%, enquanto o setor produtor de semiduráveis e não duráveis, o menos afetado pela crise global, cresceu 5,8%.

Utilização da capacidade

No que se refere à utilização da capacidade na indústria de transformação, em janeiro, o indicador com ajuste sazonal, divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), permaneceu relativamente estável em 81,4% (81,5% em dezembro). Já pelo indicador sem ajuste sazonal, elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o grau médio de utilização de capacidade na indústria de transformação retraiu 2,1 pontos percentuais, recuando de 84,2% em dezembro para 82,1% em janeiro.
Na comparação do resultado da indústria de transformação brasileira com os de economias periféricas com semelhante grau de desenvolvimento, observa-se que o desempenho da produção manufatureira brasileira em janeiro (15,7% frente igual mês de 2009) superou ao da maioria (6) dos países da amostra. A principal exceção foi a indústria da Tailândia, que avançou 28,6% em janeiro na mesma base de comparação.
Na série livre dos efeitos sazonais, três dos quatro segmentos da indústria registraram aumento da produção em janeiro frente ao mês anterior. A maior taxa de crescimento foi verificada no setor produtor de bens de consumo duráveis (8,6%), seguido pelo setor de bens intermediários (2,0%). Abaixo da média global da indústria, o setor produtor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis registrou incremento de 0,4%, enquanto a produção de bens de capital ficou praticamente estável (-0,1%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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