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Polo Naval busca qualificação e crédito

No total, 60 mil embarcações da região Norte estão cadastradas na Marinha, mas o setor naval no Amazonas passa por nova estruturação. A revelação foi feita pelo assessor do Sinaval (Sindicato Nacional da Construção e Reparo Naval), Marcelo Carvalho, aos participantes do seminário “Indústria Naval – Trabalho Decente”, nesta semana.
Carvalho recomendou aos estaleiros buscar financiamentos no FMM (Fundo da Marinha Mercante) e no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). “A indústria naval no Brasil é uma realidade”, destacou o assessor do Sinaval, para sugerir que o setor se fortaleça e aumente a participação dos estaleiros no mercado formal.
O representante do Ministério do Trabalho, Luís Carlos Lumbreras, na Comissão Tripartite que elabora nova regulamentação para o setor, disse que é preciso qualificar o trabalhador em atividades como solda, pintura e andaimes, e que o Ministério do Trabalho tem linhas de financiamento do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e BNDES.
Na avaliação de Lumbreras, o setor naval deve se mobilizar e procurar esses recursos, apresentando projetos para a construção de escolas de qualificação profissional, como vem sendo adotado em vários estados. “O trabalhador que tem instrução e qualificação apresenta um impacto positivo na redução de acidentes no trabalho”, defendeu.
O presidente do Sindnaval (Sindicato da Construção Naval do Amazonas), Matheus Araújo, lembrou que o Amazonas é o segundo Estado em volume de construção, com produção anula de 1.200 embarcações.
Matheus Araújo revela que o setor reúne 65 estaleiros, mas está distante de tecnologias e mão-de-obra especializada. Ele ressaltou que o mercado não prepara profissionais, com especialização em áreas essenciais à construção naval.
O dirigente considera que, para crescer, o setor precisa de infraestrutura, apoio governamental, oferta de crédito por meio do Fundo de Investimentos da Marinha Mercante e dos financiamentos do BNDES. Para o dirigente, a criação do distrito Naval, é fundamental para o crescimento do segmento, que ainda amarga informalidade, com a atividade de diversos estaleiros ilegais.

Setor responde por 50 mil empregos em todo o país

O setor naval no Brasil emprega em torno de 50 mil trabalhadores e deverá crescer mais 20% até o fim de 2010. As informações foram divulgadas ontem, pelo assessor do Sinaval (Sindicato Nacional da Construção e Reparo Naval), Marcelo Carvalho.
Segundo Carvalho, o setor naval reúne 26 grandes estaleiros nos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Pernambuco, Pará e Alagoas, com mão-de-obra especializada e tecnologia para atender o mercado brasileiro e internacional. Segundo o assessor do Sinaval, estão sendo construídos 22 petroleiros nos estaleiros brasileiros e 32 estão em fase de licitação para serem construídos nos próximos dois anos, além de navios de sonda e de apoio.
Ele explicou que a demanda está associada ao aumento da produção de petróleo no país. “Em 2008, foram produzidos cerca de 2 milhões barris de petróleo por dia”, lembrou. Marcelo Carvalho ressaltou que os estaleiros de reparos devem se estruturar para prestar esse serviço, porque após dois anos e seis meses de uso, um navio petroleiro terá de passar por reparos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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