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PMDB e PSD voltam a conversar sobre eleições

Resolvidos alguns atritos de percurso entre o governador Omar Aziz com o senador Eduardo Braga e com a polêmica questão da água começando a causar fissuras nas relações políticas entre o governo do Estado e a Prefeitura de Manaus, PMDB e PSD começam a se entender como bons parceiros nesta reta final de articulações com vistas às eleições municipais de 2012.
Este é o novo cenário do jogo político de entendimentos e acertos entre os dois grandes partidos, o que deverá resultar na formação de uma chapa forte para encarar os adversários que também devem intensificar suas conversações neste feriadão de Corpus Christi. O cenário foi confirmado à imprensa na manhã de quarta (6) pelo deputado estadual Marcos Rotta, pré-candidato do PMDB à sucessão do prefeito Amazonino Mendes (PDT).
Ao comentar com os jornalistas a pauta da reunião do governador com vinte parlamentares da sua bancada de sustentação na Assembleia Legislativa, ocorrida na terça-feira (5), o parlamentar disse que sua pré-candidatura “continua posta” e que vai se isolar no feriadão para organizar as próximas etapas de sua caminhada no processo eleitoral, com o apoio do senador Braga. “Vou me recolher neste feriadão com a certeza de que vou, sim, contribuir com o processo eleitoral, fiel à vontade do grupo político de que faço parte e que é liderado pelo governador Omar e pelo senador Braga”, salientou, ressaltando que, no retorno a Manaus, terá um encontro particular com Omar Aziz na residência do governador, domingo (10), no condomínio Efigênio Sales. Segundo uma fonte palaciana, Braga poderá participar da reunião.

Paz e consenso

Eleito com 47.090 votos nas eleições gerais de 2010, Marcos Rotta foi o deputado mais votado do pleito em Manaus e o segundo no Estado. Lançado na política por Omar Aziz em 1998, ele figura no círculo pessoal de amigos do governador, mas observa que isso não é preponderante à escolha de seu nome para disputa municipal. O mais importante, no momento, afirma ele, “são as arestas aparadas entre Omar e Braga e a unidade do nosso grupo”.
“Temos que admitir que o que aconteceu com eles (Omar e Braga) foi algo normal em um relacionamento de anos, quando é normal algum tipo de estremecimento, até porque nem sempre ninguém pode comungar com o ponto de vista do outro eternamente. Se em uma relação conjugal é assim, imaginem em uma relação política, e é bom que isso ocorra, neste instante, pois as arestas podem ser muito bem aparadas”, comentou.
Agora que a paz voltou a reinar nas hostes governistas, Rotta considera ter ficado mais fácil o consenso para a definição da chapa que irá lutar pela vitória nas urnas de outubro. “A paz volta a reinar e, com as lideranças do governador e do senador, é possível que nasça um nome de consenso e o grupo todo saia fortalecido, vou defender sempre um nome consensual, que pode nem ser o meu, mas que eu apoiarei”, assinala.
O mais importante agora, de acordo com Rotta, é que o consenso não represente apenas um fato isolado, consequência da união PMDB/PSD, mas “uma prova de força de todo o grupo governista vitorioso nas eleições de 2010”. Conforme ele, “a população chancelou esse grupo que elegeu Omar Aziz, dois senadores da República e o maior número de deputados federais e estaduais em 2010”. Rotta garantiu que o consenso “está bem próximo” e que recente conversa entre Omar Aziz e Eduardo Braga, em Brasília, “serviu para avançar muito nessa questão”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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