Pesquisar
Close this search box.

Mapeamento de Manaus serve de base para discussões e propostas

Uma base cartográfica apresentando mapeamento sistematizado de vários aspectos ambientais da cidade foi apresentado pela Prefeitura de Manaus, onde foi utilizado para a identificação de problemas e o debate em torno da formulação de soluções, durante o evento Impactos de Mudanças Climáticas sobre Manaus e Bacia do Rio Negro, organizado pela ONG ISA (Instituto Socioambiental), com apoio da Semma (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) e realização da SDS ( Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável).
O evento, encerrado nesta quinta-feira, promoveu a convergência de estudos de órgão ambientais, ONGs, intituições de pesquisa e a participação de representações comunitárias para o debate. Entre os painéis de abertura, ocorrida na última terça-feira, o sistema de mapas realizado pela Semma, em parceria com o ISA apresentou um mosaico de informações que evidencia os reflexos do processo de desenvolvimento urbano em relação à cobertura vegetal na área total do município, que corresponde a 11.458,5 mil km2, assim como informações detalhadas da área urbana, que compreende apenas 3,3% do município de Manaus. “Esses dados já existiam, mas pela primeira vez foram sistematizados em mapas que mostramos aqui e que em breve estarão disponíveis ao público para subsidiar planejamentos e pesquisas científicas que tenham seu foco em Manaus”, explica a coordenadora de Gestão Territorial e Ambiental da Semma, Claudia Steiner.
No decorrer do evento o sistema de mapas serviu como base para o GT (Grupo de Trabalho) de Manaus, onde os participantes identificam áreas de risco e problemas que se podem ser agravados em um cenário de mudança climática global. “Foram discussões mais relacionadas às condições micro-climáticas e qualidade de vida, do que propriamente globais, mas relacionamos ações para atenuar estes riscos, os atores destas propostas, ações já em curso, conflitos e lacunas de informação”, afirmou a coodenadora do GT, Marina Antongiovanni. No decorrer do trabalho foram identifcadas cerca de 40 áreas consideradas críticas na ocorrência de alagações, queimadas e proliferação de malária e dengue.
No conjunto dos mapas estão a relação de unidades de conservação das zonas rural e urbana, bacias hidrográficas, áreas verdes e modelos de planos de parcelamento de solo, cursos d’água em área urbana, áreas federais do município não protegidas em unidades de conservação, entre outros. O evento conta ainda com outros dois GTs, sendo um sob o tema Bacia do Rio Negro, e outro composto por indígenas vindos do alto Rio Negro que concentrou seus estudos nesta região.

Encontro discute as mudanças climáticas

O evento foi concluído com a elaboração de uma lista de recomendações que serão enviadas a diferentes destinações. “São propostas para os órgãos da administração pública tanto no âmbito municipal, estadual e federal, além das lacunas de conhecimento identificadas neste processo de debate que serão encaminhadas para institutos de pesquisa com os temas que podem ser priorizados no meio científico”, afirma o coordenador da Iniciativa sobre Mudança Climática do ISA, Marcio Santillli, destacando ainda as recomendações para a própria sociedade civil, com formas de atuação ou de comportamentos que podem vir a ser adotadas de maneira a mitigar ou reduzir os efeitos nocivos das mudanças no clima. “A população não pode adotar uma postura contemplativa, todos são agentes de mudança neste processo”.
A secretária municipal de Meio Ambiente, Luciana Valente, que compareceu ao evento, afirma que o modelo de desenvolvimento desenfreado já está produziu um processo de mudanças climáticas irreversíveis. “O desafio tentar é amenizar estes efeitos com políticas públicas voltadas ao meio ambiente, além da substituição do modelo de desenvolvimento existente”, diz Luciana, destacando as ações da Prefeitura de Manaus voltadas para a melhoria do clima na cidade como a arborização, poluição veicular, e o combate às invasões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar