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Indústria de panificação terceiriza mais atividades para crescer

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Com o mercado brasileiro em lenta recuperação da economia, segmento de panificação e confeitaria em Manaus cresceu 2,81% no último ano.  Segundo representantes de classe, setor acompanhou o desempenho nacional e, com o objetivo de adequar-se à nova realidade do mercado, panificadoras se reinventam e investem em novos nichos para atrair o consumidor.

De acordo com pesquisa feita pelo ITPC (Instituto Tecnológico da Alimentação, Panificação e Confeitaria) em parceria com a ABIP (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria), o crescimento representa um faturamento de R$ 92,63 bilhões de reais. Os números revelam que nos últimos 10 anos o rendimento do setor mais que dobrou no país.

Para o presidente do Sindpan-AM, Carlos Azevedo, na capital amazonense, os números não são muito diferentes em relação ao mercado nacional, onde o consumo do produto continuam em alta mesmo com uma transição para um novo nicho. Ele explica que, o setor passa por um processo de transformação, onde o custo com energia elétrica e mão de obra são levados em consideração por parte dos empresários.

“Antigamente os pães eram produzidos nas panificadores, e hoje tem empresas que produzem e vendem congelado.  O custo de panificação cresceu consideravelmente. Hoje as padarias não produzem mais, principalmente as panificadoras pequenas. Isso é um mercado que está crescendo no Amazonas. Hoje tem pães congelados que vem de Campo Grande, e em Manaus tem a Panificadora Cintia e a Conde do Pão que produzem e vendem para empresas e outras padarias. É uma tendência, onde as empresas maiores vão começar a produzir pão congelado para abastecer o mercado da cidade”, disse.

Segundo o presidente do ITPC, Márcio Rodrigues, a situação econômica vivenciada no Brasil em 2018 teve um forte impacto no desempenho. E para este ano, a expectativa é que o setor recupere o ritmo de crescimento mediante a ajustes que se adequem ao novo momento de compra do consumidor.

“No exterior, o preço dos produtos está subindo. Para se tornarem mais competitivos e aumentar suas vendas, eles estão agregando um diferencial de saúde, qualidade, economia contra desperdícios, redução de ingredientes nocivos e muito mais. Quando se tem esse diferencial nos produtos, você consegue justificar para o consumidor a diferença de preço e ampliar as vendas”, explicou.

Segundo Azevedo, apesar do bom desempenho das vendas de 2017 a 2018, os números ainda foram abaixo comparado com a performance do setor no período pré-crise. Ele destacou que, um dos motivos do pouco consumo foi o crescimento dos pães funcionais – os chamados integrais produzidos com grão e aveia- em consequência da mudança de comportamento do consumidor em relação ao produto.

“Não foi porque as pessoas deixaram de consumir pão. Mas, aumentou o consumo de pães funcionais (os integrais, os que são produzidos por grãos e aveia), isso fez com o que o consumo de pais normais tenha reduzido. Existe aí também, a questão da falta de informação sobre as consequências do consumo pão para saúde das pessoas, onde as pessoas taxam que o consumo do produto faz engordar. O pão é rico em proteínas e recomendado para a primeira alimentação. Existe a preocupação dessa mudança de comportamento”, disse.

O presidente enfatizou,  a importância da reciclagem e da mudança de comportamento dos empresários em relação a atividade. E disse ser necessário, as padarias diversificarem seus produtos e ofertar diferentes serviços que atendam a expectativa e acompanhem o novo comportamento do consumidor.

“A padaria tradicional tem que se reinventar. É preciso fazer uma diversificação de produtos e serviços. É preciso fazer com que todos os horários tenham uma atração e alimentação, como self service, um almoço, um jantar. Caso contrário ela não vai ter sucesso e não vai continuar no mercado. Antigamente você  montava uma padaria e vendia só pão. Hoje o consumidor quer chegar na padaria e ter outros serviços. Existe um fluxo muito grande nas padarias, o fator tempo e espaço é importante. Muitas padarias estão partindo para o nicho de self service”, disse.

O presidente explicou ainda que o investimento em máquinas e novas tecnologias de produção é uma tendência no mercado mundial e, reforçou que as empresas têm que acompanhar essas mudanças que podem gerar economia aos negócios.

“Quando você monta uma padaria você precisa comprar máquinas de alta produção, que produzem até 6 mil pães por hora. Isso reduz o custo com mão de obra porque são máquinas automatizadas. Os encargos sociais  com empregados encarecem muito o pagamento do salário e com o equipamento você reduz o número de pessoas. Hoje com o avanço da tecnologia você não pode parar no tempo você tem que se qualificar”, ressaltou.

Serviço

Na próxima terça-feira (29) às 19h o Sebrae de Manaus receberá palestra gratuita sobre o setor de alimentação, panificação e confeitaria.  Com o tema Além do balanço do desempenho do segmento em 2018, o conteúdo abordará o momento atual do setor no país, a chegada dos novos concorrentes e um comparativo com o mesmo cenário vivenciado na Alemanha.

Com o tema “Produtividade: como os pilares da panificação europeia impactarão nos novos modelos de negócio no Brasil”, o evento é uma realização do Sindpam, articulado com o apoio do Sebrae-AM (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), ITPC e ABIP que vão apresenta balanço do setor em 2018 e projeções para o ano de 2019.

Data: 29 de janeiro de 2019

Horário: 19h

Local: Av. Leonardo Malcher, 924, Manaus/AM

Inscrições: Gratuitas com vagas limitadas.

Confirmação de presença: 0800 570 0800 ou E-mail: [email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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