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Eletroeletrônicos mantêm estabilidade na produção

O medo de recessão e escassez causado pela atual crise internacional e que já contagiou vários setores industriais não deve prejudicar a produção das indústrias de eletroeletrônicos no PIM (Pólo Industrial de Manaus), pelo menos até o fim do ano. A opinião é do presidente do Sinaees (Sindicado das Indústrias de Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas), Wilson Périco.
O dirigente ressaltou que todos os investimentos nas indústrias do segmento neste ano já foram realizados, o que foi fundamental para garantir a estabilidade da capacidade produtiva das indústrias instaladas no PIM. “Se a crise persistir, as empresas deverão sentir o impacto somente ano que vem”, disse o presidente. Por outro lado, Périco acredita que, por conta da crise, os preços dos eletroeletrônicos deverão sofrer reajustes durante este último trimestre.
Périco atribui a alta nos preços dos equipamentos à quantidade de insumos utilizados na manufatura, já que grande parte das indústrias do segmento importa componentes para as suas produções. O executivo destacou ainda que a valorização de 20% da moeda americana nos últimos três meses influencou diretamente no valor dos componentes utilizados na produção dos eletroeletrônicos produzidos nas indústrias locais.
“Muitas empresas têm atividades de exportação, que podem chegar até 50% de seus negócios, e isso deve causar maiores riscos às indústrias de eletroeletrônicos. Os fabricantes de telefonia celular, decodificadores, áudio e DVD sofrem muito com a concorrência dos equipamentos importados, e o volume de negócios com o mercado externo ocasiona na retração das exportações desses produtos”, pontuou Périco.
Em relação às vendas dos eletroeletrônicos, a direção do Sinaees acredita que os consumidores devam estar mais cautelosos em relação às compras do fim de ano, e atentos aos gastos para efetuarem suas compras quando a crise terminar.

Informática em alta

De acordo com dados do Sinaees, entre os produtos mais procurados durante o período de final de ano, estão os microcomputadores, que devem sofrer reajuste por conta da utilização de componentes utilizados em sua produção.
A Positivo informática realizou reajustes entre 10% e 15% na tabela de preço dos seus produtos. A assessoria da companhia destacou que o único item que não passou por alteração de preço foi a linha de ultraportátil Mobo, que manterá preços a partir de R$ 999, e com isso os lojistas também devem também reajustar os preços.
Em relação aos impactos que a atual instabilidade econômica tem causado ao Estado, a direção do Sinaees informou que é difícil avaliar o grau de prejuízos que a crise pode causar ao país, mas acredita que o Brasil dá sinais de estabilidade e tem reservas financeiras que lhe permitem controlar o mercado interno, e com relação com relação à atividade industrial, aquilo que é destinado ao mercado interno está protegido.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, João Brandão, acredita que as indústrias do PIM estão empenhadas para contornar os entraves que a crise mundial está causando no Estado, mas garantiu que as indústrias estão produzindo para atender aos pedidos confirmados para os próximos meses.
O presidente do Sinaees aponta que o natal pode ser um divisor de águas para o problema, e que as compras de fim de ano não devem ser comprometidas pela instabilidade econômica mundial. Os pedidos realizados pelos lojistas para as indústrias estão garantidos pelas indústrias. “Se isso vai ser comprometido ou não, vai depender dos consumidores, pois o natal tem um apelo muito grande em todos os países. O pior já está passando,e isso pode trazer um otimismo maior a todo o mercado e ao consumidor”, finalizou Périco.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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