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DENÚNCIAS – Ligado ao PMDB,diretor-geral do DNOCS pede demissão

O diretor-geral do Dnocs (De­par­tamen­to Nacional de Obras Contra as Secas), Elias Fernandes, pediu demissão na última quarta-feira (25) após relatório da CGU (Controladoria-Geral da U­ni­ão) apontar irregularidades em sua gestão.
A decisão foi tomada após conversa entre Fernandes e o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), seu padrinho político.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, a saída foi pedida pelo Planalto e acontece após Alves desafiar o Planalto a demitir o apadrinhado da legenda que comanda o órgão federal de combate à seca.
Ainda na quarta-feira (25), Fernando Bezerra (Integração Nacional) e a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil) conversaram com o vice-presidente Michel Temer e avaliaram que a situação de Fernandes estava insustentável.
Temer conversou com Alves, que encaminhou a de­missão junto com Fernandes. Ficou acertado que o líder do PMDB indicará o substituto no Dnocs.
O diretor-geral passa por uma crise no órgão após relatório da CGU apontar desvio de R$ 192 milhões em obras tocadas pela autarquia.
O Dnocs é vinculado à pasta da Integração Nacional, comandada pelo ministro Fernando Bezerra, do PSB, que enfrenta suspeitas de favorecimento político na distribuição de verbas do ministério.

Aliado
O PMDB é o principal aliado do PT na coalizão de Dilma Rousseff e foi um dos fiadores do governo em votações polêmicas de 2011, como a do Código Florestal.
Apesar da aliança, nos bastidores peemedebistas manifestam insatisfação. O partido avalia que não irá ganhar espaço na reforma ministerial e que o governo tenta enfraquecer Alves na disputa pelo comando da Câmara.
Apesar do acordo para a candidatura do peemedebista, setores do PT trabalham para que isso não aconteça.
A demissão de Fernandes já havia sido pedida à Casa Civil pelo ministro Fernando Bezerra em dezembro.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB), porém, interferiu no dia 19 ao convocar o ministro para uma conversa em seu gabinete.
A Folha de S.Paulo apurou que Bezerra foi lembrado nesse encontro que foi defendido pelo PMDB ao enfrentar suspeitas de irregularidades.
Nessa conversa, o ministro foi convencido em rever sua posição e encaminhar para o TCU (Tribunal de Contas da União) o relatório da CGU, inclusive avalizando a defesa do Dnocs.
As declarações do ministro de que a faxina no Dnocs será feita, porém, surpreenderam o PMDB.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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