O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central informou ontem, por meio da ata de sua última reunião, quando os juros caíram para 11,5% ao ano, que a sua previsão de reajuste do preço da gasolina neste ano aumentou.
Segundo a autoridade monetária, a projeção de reajuste no preço da gasolina em 2011 elevou-se para 6,7%, variação acumulada no ano até setembro. Até agosto, o BC informava que previa um reajuste de 4% para a gasolina neste ano. Informava que, na parcial até agosto, os preços haviam subido 6,3%, mas que esperava uma reversão (queda) de 2,3% até o fim deste ano – o que não deve acontecer mais.
A instituição informou também que passou a prever um reajuste de 2,2% no preço do gás de cozinha em 2011. Até o momento, o Banco Central estimava que o preço do gás não subiria. Sobre as projeções de reajuste das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade para o acumulado de 2011, a autoridade monetária informou que as estimativas permaneceram em 0,9% e 4,1%, respectivamente.
Juros
O Copom indica que continuará a manter o ritmo de redução da taxa básica de juros nas suas próximas reuniões. De acordo com a ata da última reunião, a direção do Banco Central avaliou que “ajustes moderados” no nível da taxa básica de juros são consistentes com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012. O centro da meta para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), em 2012, é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
A última reunião do comitê foi realizada nos dias 18 e 19 de outubro, quando o Banco Central manteve a política de redução da taxa básica de juros (Selic), iniciada no final de agosto, e, em decisão unânime, baixou os juros básicos de 12% para 11,5% ao ano. A próxima e última reunião do colegiado de diretores do BC está agendada para os dias 29 e 30 de novembro.
A ata mostra ainda que na visão do comitê “a inflação acumulada em doze meses alcançou o pico no último trimestre” e começa a recuar em direção à trajetória de metas estabelecidas pelo governo, fato que por si só “contribuirá para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, em especial dos formadores de preços, sobre a dinâmica da inflação nos próximos trimestres”.
