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Conectividade 5G demandará por qualificação no ambiente industrial 

Telefonia móvel 5G

Andréia Leite

@andreiasleite @jcommercio

Em evento sobre as perspectivas da evolução tecnológica na região Amazônica, representantes do setor produtivo reforçaram a necessidade da indústria estar inserida dentro de um ambiente de conectividade, além da importância de que todos os municípios estejam interconectados. “O 5G como acelerador da Indústria 4.0”, foi um dos temas do Seminário Internacional 5G.BR promovido pelo MCom (Ministério das Comunicações) na quinta-feira (21), em Manaus. 

O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) afirmou que a implantação do 5G vai suprir o vazio da chegada de tecnologia nas regiões mais remotas com integração e informação e que a tecnologia possibilitará que todos os setores atuem de forma conjunta. “Vamos ter que aprender a lidar com as questões que impedem a chegada da conectividade e formação tecnológica. Temos que estar prontos para atender as peculiaridades de cada região também”, destacou Nelson Azevedo.

Azevedo sempre destacou sobre o marco de um novo tempo para o ambiente industrial com a chegada da tecnologia 5G no Estado. “O avanço tecnológico resultará em aumento produtivo e novas demandas ao PIM”. 

 “É necessário um esforço conjunto, os conteúdos curriculares precisam ver e acolher as demandas do setor produtivo para, que assim, possamos acompanhar as mudanças proporcionadas pelo 5G”, complementou. 

Segundo ele, o país entrará em uma nova fase virtuosa da comunicação móvel e a indústria instalada no PIM será demandada por produtos que podem ser controlados remotamente por aplicativos. Gradualmente, os aparelhos celulares deverão ser substituídos por smartphones mais modernos que possuem a nova tecnologia embarcada, gerando um incremento no volume de produção da indústria desse segmento, no comércio e nos serviços.

A tecnologia 5G irá acelerar a “internet das coisas” e a indústria 4.0, pois ambas demandam velocidade e disponibilidade de comunicação entre os diversos equipamentos que estarão interconectados.

O avanço tecnológico resultará em aumento produtivo e novas demandas ao PIM.

“O país entrará em uma nova fase virtuosa da comunicação móvel e a indústria instalada no PIM será demandada por produtos que podem ser controlados remotamente por aplicativos. Gradualmente, os aparelhos celulares deverão ser substituídos por smartphones mais modernos que possuem a nova tecnologia embarcada, gerando um incremento no volume de produção da indústria desse segmento, no comércio e nos serviços”, disse.

Representantes

O evento contou também com a participação de representantes das empresas Nokia Brasil, Samsung  e da  Positivo Tecnologia, além do diretor nacional de Tecnologia da Microsoft Brasil.

Para Toffoli, da Positivo, o 5G vai aprofundar a necessidade de novos profissionais de tecnologia para operar os equipamentos. “A baixa latência é bastante discutida e será um avanço. Quero trazer a questão da confiabilidade de dados. Os clientes querem customização com estruturas físicas e volume de dados”, afirmou.

Ailton Santos, da Nokia, falou sobre a importância da criação de ecossistemas para o sucesso da indústria 4.0. Segundo ele, o 5G vai estar presente no cotidiano desde o metaverso até nas lâmpadas que iluminam as cidades.

“Estou impressionado com a política pública clara e o nível de cobertura que o Brasil tem”, declarou Lizarraga da Samsung. Segundo ele, o 5G deixará o Brasil ainda mais competitivo.

Para Ronan Damasco, da Microsoft, a medicina será um dos segmentos mais beneficiados pela quinta geração da internet móvel. “A pandemia mostrou o impacto que a tecnologia tem em nossas vidas. Com o 5G não vamos mais ter atraso nas informações por causa da alta latência”, concluiu.

Demanda por mão de obra qualificada

A oportunidade de empregos e negócios dentro dessa conectividade demandará ainda mais por profissionais especializados. A educação nesse front também fez parte do painel abordado no Seminário. Vale citar que, há pelo menos quatro anos, a tendência da indústria nesse aspecto segue a passos lentos. Implementar depende de dois principais fatores: recurso financeiro e cultura digital. 

As universidades e institutos de tecnologia não estão conseguindo formar pessoas para suprir essa demanda. Há um GAP de capacitação e formação gigantesco. O Amazonas está atrasado no mínimo uns 20 anos nesse processo de capacitação. 

O vice-presidente da Fieam lembrou que o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) está apto para as ações de capacitação profissional necessárias, assim como o Instituto Senai de Inovação, na prestação de serviços técnicos e tecnológicos.

Azevedo foi um dos debatedores do painel “O 5G como acelerador da Indústria 4.0”, que durou cerca 30 minutos e contou como moderador o superintendente da Suframa, General Algacir Polsin.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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