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Audiência de Mantega é 1º teste de Braga

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A audiência pública do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ontem na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado foi o primeiro teste do novo líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM). Ele comandou a operação em defesa do ministro. Mantega é acusado pela oposição de ter protegido o ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, mesmo após suspeitas de cobrança de propina no órgão ligado à Fazenda.
Denucci teria recebido até US$ 25 milhões de empresas fornecedoras da Casa da Moeda, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Ele só foi demitido depois que Mantega ficou sabendo que a reportagem seria publicada.
O pedido de convocação de Mantega foi apresentado pelo líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR). O principal argumento da oposição é que o ministro da Fazenda manteve Denucci no cargo mesmo após ser alertado sobre denúncias no órgão.
“Ainda segundo as matérias, o ministro Guido Mantega teria mantido Luiz Felipe Denucci no comando da Casa da Moeda mesmo após ser alertado pela Casa Civil e pelo PTB, em agosto do ano passado”, diz o requerimento assinado pelo tucano.
Denuncci foi nomeado presidente da Casa da Moeda em 2008, por indicação do PTB. No entanto, segundo congressistas do partido, ele deixou de atender às bancadas da Câmara e do Senado.
Depois disso, petebistas pediram a saída de Denucci do cargo. No entanto, Mantega não o demitiu.

Braga diz que falta diálogo

O novo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que falta conversa, principalmente, dentro da bancada do PMDB. Braga, que disse que ainda não se pronunciará como líder porque sua condução ao cargo não foi oficializada por Dilma, disse que a saída de Jucá não é fruto de desgaste, mas de novo “momento político”.
“Temos que ter uma interlocução cada vez mais forte e ampliada com o governo federal”, disse.
Na noite de segunda-feira, ele participou de jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice Michel Temer, para uma “transição pacífica” da liderança de Jucá para a dele.
Participaram do jantar os senadores Renan Calheiros, Jucá, Gim Argello e os deputados Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha. Segundo a Folha apurou, para “enquadrar” Braga e avisar que com sua escolha para a liderança do governo acaba com “grupo dissidente” peemedebista, formado por senadores descontentes com o poder de Renan, Jucá e do presidente do Senado, José Sarney.
Dilma tomou a decisão de destituir Jucá na noite de quinta-feira, mas avisou ao comando do PMDB só durante a segunda-feira. Estiveram em seu gabinete, no Planalto, o próprio Eduardo Braga, Calheiros e Jucá, em reuniões separadas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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