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ARRECADAÇÃO

Não há perspectiva de retirada da desoneração da folha de pagamento das empresas que têm se beneficiado da medida, afirmou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“A desoneração tem ajudado muito, possibilitou que o setor produtivo continuasse contratando trabalhadores e aumentando a eficiência”, afirmou.
O governo deixou de arrecadar ano passado, por conta do incentivo, R$ 13,2 bilhões. Houve rumores de que o benefício não seria renovado para alguns setores no fim da validade da medida, em dezembro deste ano.
De acordo com o ministro, todos os setores beneficiados têm “aproveitado bem” o estímulo, que deve continuar.
A presidente Dilma Rousseff também já se manifestou sobre o assunto, afirmou há duas semanas que a desoneração será “permanente”.
Representantes de vários setores da economia, como têxtil, reuniram-se ontem com o secretário de política econômica da Fazenda, Márcio Holland, para uma avaliação dos resultados da política.
A política de desoneração da folha de pagamentos, iniciada pelo governo em 2011 e ampliada para 56 setores em 2014, teve efeito na manutenção e criação de postos de trabalho, melhoria no fluxo de caixa das empresas beneficiadas, na competitividade e nível de exportação.
De acordo com o secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland, que esteve reunido ontem com empresários e centrais sindicais para um balanço da medida, a discussão para tornar a renúncia fiscal permanente está iniciada.
“A avaliação demonstra que a medida tem competência e capacidade para ser permanente, porque está beneficiando a economia brasileira”, disse.
Os setores atendidos pela desoneração deixaram de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários e passaram a arcar com uma alíquota de 1% ou 2% sobre o faturamento bruto anual, descontada a receita de exportação.
O total estimado da renúncia fiscal em 2013 foi de R$ 13 bilhões. A projeção do governo para 2014 é de R$ 21,6 bilhões.

Impactos
Segundo estimativas da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgadas pelo secretário, 96% dos setores beneficiados aprovaram a medida, entre eles têxtil, auto peças, brinquedos, transporte, serviços e construção civil. A taxa média mensal de demissão das empresas enquadradas na política caiu de 15% (de janeiro de 2007 a dezembro de 2011) para -3% (de janeiro de 2012 a junho de 2013).
O impacto da desoneração dos três primeiros setores (couro, calçados e vestuário, a partir de 2011) no PIB foi de 0,17%. Ainda não há uma estimativa do estímulo à produção de todos os setores.
De acordo com a CNI, 43% das empresas passaram a prever aumento de exportação. Antes nenhuma tinha perspectiva de ampliação das vendas para o mercado externo.
Segundo Holland, não haverá inclusão de novos setores na política de desoneração da folha. Pode haver eventuais ajustes, nada mais, afirmou.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta manhã que há perspectiva de renovar a desoneração, que se encerra em dezembro de 2014, pois a política tem ajudado o setor produtivo a continuar contratando e aumentando a eficiência.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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