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Amazonas vai adotar salário mínimo de R$ 545, afirmou Isper

A aprovação do novo valor do salário mínimo ocorrida na quarta-feira passada, 16, pela Câmara dos Deputados, em Brasília, está sendo considerada a primeira grande vitória da petista Dilma Rousseff como presidente da República. A base estabelecida de R$ 545 ainda passará pela votação dos senadores, que já sinalizaram fechar com o governo. No Amazonas, o valor deve seguir o estipulado pelos governistas.
Em conversa com a reportagem do Jornal do Commercio, o secretário de Estado da Fazenda, Isper Abrahim, disse que o governo não tem pretensões de ir contra a Lei Federal, caso ela seja aprovada no valor proposto pelo governo (de R$ 545).
Questionado sobre a possibilidade de o Estado adotar a mesma postura do governo de São Paulo, que deve implantar o mínimo de R$ 600 a partir de abril, Abrahim preferiu não comentar o assunto e afirmou que a decisão do governador Geraldo Alckim (PSDB) é interna.
A intenção de Alckim foi anunciada no último dia 9 e ainda passará pelo crivo dos deputados estaduais paulistas.

No Senado

A senadora do PCdoB-AM, Vanessa Grazziotin, afirmou ontem, 17, em seu discurso no plenário, que o salário mínimo de R$ 545 não vem a ser o “ideal”, mas que é a decisão possível no momento, se levada em consideração a política de recomposição e valorização defendida pelo governo federal.
“Tenho certeza que todos gostaríamos de dar um reajuste maior”, frisou a comunista. Vanessa informou ainda que sua bancada na Câmara votou de forma unânime e que, no Senado, sua legenda agirá da mesma maneira.
“O que vamos votar de mais importante não é o valor do salário mínimo, é a sua política, que nasceu na década de 1930, com o então presidente Getúlio Vargas. Porém, pela primeira vez em toda a sua existência, terá uma política efetiva, não só de recuperação das perdas inflacionárias, mas de recuperação do valor que o tempo lhe tirou”, discursou. Por enquanto, o valor do salário mínimo que for aprovado pelo Congresso, valerá para os municípios do Amazonas.

Oposição ainda tenta emplacar valor maior

A votação do mínimo começou com a aprovação na Câmara Federal. Além do valor proposto pelo governo braileiro (R$ 545), emendas tinham sido apresentadas pela oposição que pretendia aumentar para R$ 560 e R$ 600.
O líder do DEM (Partido Democrata), José Agripino (RN), disse que pretende discutir com sua bancada a rejeição da proposta do governo. Agripino afirmou que pessoalmente não aceita nada inferior a R$ 560.
O também oposicionista Álvaro Dias, líder do PSDB (RN), destacou que seu partido vai propor emenda para um mínimo de R$ 600. Contudo, Dias reconheceu a dificuldade em ter sua emenda aprovada.
Outro senador do partido, Aloysio Ferreira (SP), questionou o próprio Congresso Nacional, dizendo não entender como a Casa é tão generosa com seus membros, ao reajustar seus vencimentos em mais de 60%, e se coloca de forma rigorosa com a classe trabalhadora, com um reajuste de 6,8%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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