Tudo isso que estão passando as sociedades do mundo é como fosse uma parada brusca do trem civilizatório, para que os sistemas acordassem e redirecionassem seus caminhos para reordenação desses sistemas. Principalmente o sistema econômico que organiza a sociedade em termos de consumo que satisfazem as necessidades primárias do ser humano que a compõem, criam empregos para a mão de obra e gera renda. E, para os pesquisadores do Clube de Economia da Amazônia (CEA) os sistemas econômicos dos diversos países do mundo apresentam uma heterogeneidade e diversidade de base os quais tornam-se complementares entre si.
Também, apresentam características semelhantes quando sofrem sob ações antrópicas sobre o meio ambiente, na exploração dos recursos naturais que apresentam maior competitividade absoluta, onde, de certa forma, os produtos dessas economias apresentam algum componente com origem nesses recursos naturais, impactando o meio ambiente da terra.
Visto desse prisma, o Brasil está ornado por completo com um meio ambiente rico de bens ou recursos naturais, minerais metálicos e não metálicos diversos, como o petróleo, ferro, dentro outros; terras férteis agriculturáveis, recursos de flora e fauna diversos que podem ser aproveitados na produção industrial de bens diversos. E o Amazonas é um típico representante territorial possuidor dessas riquezas naturais, mas com um povo pobre e com baixa capacidade de investimentos no aproveitamento desses recursos naturais. Também, os pesquisadores do CEA afirmam existir na Amazônia e no Amazonas um cabedal de conhecimentos capazes de alavancar projetos que tornem realidade o aproveitamento produtivo desses recursos naturais em alguma indústria de bens.
Sem embargo de outros questionamentos, os estudiosos do CEA defendem uma agenda propositiva para um futuro que enquadre objetivos de industrialização e que crie empregos e gere riquezas aos habitantes dessa imensa região brasileira, contribuindo para dar passos largos de produção e inovação em setores de alto valor agregado no Estado do Amazonas, construindo um futuro de grandeza para a economia estadual, sendo esse o caminho que se descortina o futuro para o Amazonas.
Esse é o caminho do Desenvolvimento Econômico Regional que se preconiza através da BioEconomia, como os subsetores famacêutico, químico e o de bioinsumos, estabelecendo também que a floresta se mantenha em pé. Esse caminho do futuro para o Amazonas que passa por vontade política do Governo estadual, que tenha capacidade de formalizar políticas públicas capazes de alavancar o Desenvolvimento Econômico nesse sentido que se apresenta.
No entanto, o pessoal do CEA possui restrições quanto a competência desse atual governo, haja vista, a luta contra o COVID-19 que trava o Amazonas, demonstrando a total incompetência na gestão pública desse governo, estando monitorado pelo governo federal e em processo de fiscalização por malversação de recursos públicos, não demonstrando até esse momento, aptidão para cuidar do Desenvolvimento Regional.
Disse-se tudo isso, com base nos conhecimentos científicos já gerados aqui no Amazonas, entretanto, a realidade é muito mais complexa e cruel do que um simples pensamento regional. A biodiversidade aliada à tecnologia e a inovação podem oferece possibilidades diversas de se criar novos produtos (engenharia de produtos) e formas de produzir (engenharia de processos).
Outro entrave a ser equacionado, seja a compatibilidade entre o desenvolvimento tecnológico inovativo e o desenvolvimento de capital intelectual no mercado de trabalho local, para com isso promover economias de escala e agregação de valor nos produtos aqui produzidos com essas matérias primas regionais.
Como não poderia deixar de comentar, o senso comum vigente por aqui, o Amazonas deve buscar essa construção do futuro nessas bases, tendo em vista, a necessidade de adensar a economia sustentada, ao longo de 54 anos, pelo projeto Zona Franca de Manaus(ZFM)/Polo Industrial de Manaus (PIM), pois a bioeconomia tem em seu maior segmento na biotecnologia industrial, a qual poderia alavancar, sobremaneira, o produto interno bruto (PIB) estadual, em curto prazo.
Contudo, no Amazonas, seu governo deve querer fazer essa construção do futuro, com as tais políticas públicas com esses objetivos (leis que induzam, apoiem e alavanquem o Desenvolvimento Econômico Regional), pois não se basta colocar as vantagens competitivas de mercado, mas tê-las com estratégias para fazer a Economia do Amazonas crescer, com o aperfeiçoamento de normas e sistema de inovações aproveitando esse potencial existente, assim como, fazer a floresta em pé gerar mais riquezas.
Os economistas pesquisadores do CEA indicam que tipo de indústria apresentam tendências de crescimento que permitem o fortalecimento do Desenvolvimento, com produtos de medicamentos, vacinas, etc, com base nos ativos da natureza e que já se conhece, por plantas medicinais e provenientes de animais, os quais com o uso de conhecimentos científicos nesses processos podem ampliar a utilização, pois os fármacos sempre terão uso, mesmo que existam medicamentos sintéticos. Também, haja vista, o uso de insumos biológicos que deve crescer ainda mais no futuro próximo, pós pandemia, com o aumento na inserção de materiais biológicos nos medicamentos.
Por isso que o pessoal do CEA sempre recomendam que uma das questões a serem bem estabelecidas para consecução desses objetivos será a construção de uma estrutura de governança, liderada pelo governo com apoio de uma política de atração de Investimentos firme e constante, da academia, e na elaboração de uma política Estadual de bioeconomia para o Amazonas.