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Dia Nacional do Administrador – Realidade e Desafios no Brasil

Há 57 anos o Brasil regulamentava uma das grandes profissões existentes: a de Administrador – Gestor. A lei nº 4.769 foi assinada no dia 9 de setembro do ano de 1965. Por causa disso, esta data passou a ser oficialmente o Dia Nacional do Administrador, conforme as comemorações e eventos que ocorreram neste mês em virtude do referido momento alusivo.

Este profissional é o responsável pelo gerenciamento das organizações, sejam elas públicas e privadas. É o administrador quem detém as técnicas de gestão, de planejamento e do controle de qualidade dos serviços ou produtos ofertados. O avanço da tecnologia, da globalização e da interligação das mais diversas áreas demandam, cada vez mais, que as múltiplas questões sejam resolvidas de maneira profissionalizada, diante de um mercado cada vez mais diversificado, competitivo, exigente e internacionalizado, pois diante deste contexto é primordial se administrar com eficiência, eficácia e efetividade. O gestor precisa ser alguém que não é somente bem preparado teoricamente, mas que têm também sua atuação acompanhada de dinamismo, proatividade, criatividade, visão de trabalho em equipe, gerenciamento de conflitos, além dos meios indicados para a superação de diversos entraves existentes.

Foram profundas as transformações socioeconômicas ocorridas nos dois últimos séculos. Dentro deste contexto de grandes mudanças surgiu um fenômeno quanto aos trâmites na esfera administrativa, ao qual chamamos de Burocracia, que é a sistematização dos procedimentos, visando a padronização e organização dos trabalhos. Contudo, o que tem acontecido ao longo dos anos, especialmente na esfera pública, é que os procedimentos acabaram se tornando mais importantes do que a própria atividade-fim no âmbito de algumas instituições. E quando isso acontece, a burocracia perde o sentido para o que foi criada. O Brasil é um dos países que mais tem entraves burocráticos, o que se torna também um grande desafio para os gestores. O próprio conceito de “burocracia” não é ruim; contudo, o excesso de formalidades, regras e estruturas engessadas acaba por se tornar uma grande barreira que impede principalmente repartições públicas de operarem com toda a capacidade que possuem, de maneira mais prática, ágil e eficaz. E isso não é de agora e nem resultado de nenhum governo específico. É algo que já perdura há décadas. Todavia, já temos visto o início de uma nova postura por parte de muitas pessoas envolvidas no processo administrativo e no serviço público brasileiro; pois cada vez mais tem se ampliado a compreensão e a consciência acerca dos direitos e deveres de cada um. Todavia, essa é uma questão cultural e que não muda de uma hora para outra.

Diversas iniciativas têm sido tomadas, como o Programa Nacional de Desburocratização, criado em 1979 por Hélio Beltrão e o Gespública (através do Decreto Presidencial nº 5.378, que foi resultado da fusão do Programa Qualidade no Serviço Público e do Programa Nacional de Desburocratização). Ações assim têm sido em prol de melhorar e otimizar os processos. Neste âmbito, o profissional da Administração é aquele que tem a compreensão de que não se pode travar os processos devido a questões procedimentais. O gestor deve ter uma visão holística, procurando sempre fazer com que as atividades desempenhadas em ambiente organizacional, realizadas pelo corpo funcional da entidade, possam estar interligadas, de maneira que as habilidades individuais possam ser bem aproveitadas também; com todos integrados à visão, à missão e aos objetivos de uma Organização ou Instituição Pública. Pensamento Sistêmico; Compromisso com as Partes Interessadas; Aprendizado Organizacional; Inovação; Adaptabilidade; Liderança Transformadora; Desenvolvimento Sustentável; Orientação por Processos e Geração de Valor são itens que compõem os “Fundamentos de Gestão” e que são muito importantes no processo administrativo.

Uma prática que não é a ideal é atribuir funções, cargos e posições de gestão a pessoas com pouca ou nenhuma base de conhecimentos próprios de um Administrador; pois mesmo que a Profissão não tenha muito tempo de existência no nosso País (surgiu em meados dos anos 1940), cada vez mais sua importância e essencialidade têm sido provada e comprovada; pois, mesmo nos mais diversos segmentos (hospitais, escritórios jurídicos, escolas etc.) é fundamental que quem esteja à frente destes tenha o conhecimento necessário na área de gestão. O Conselho Federal de Administração e os Conselhos Regionais (com destaque para o CRA – Amazonas) têm feito um trabalho excepcional nesta questão também, sendo os conselheiros verdadeiros defensores e conscientizadores da imprescindibilidade que possui o Profissional de Administração. 

Como Gestor também, me congratulo com todos os colegas que tanto contribuem para o processo de formação e construção dos processos e procedimentos, das mais diversas formas, dentro do que é adequado e preconizado pelas indicadas práticas de gestão, com vistas ao cumprimento de cada missão de maneira clara, coerente, consciente e competente.

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