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O “Pet” nosso de cada dia

https://www.jcam.com.br/Arnaldo Chow Chow.jpg

Eles surgem como novos filhos em vários espaços familiares, quem não tem um animalzinho de estimação, conhece alguém que tenha. A amizade, o cuidado, e a dedicação no dia-a-dia, transformam a rotina de seus donos num verdadeiro desafio. Um vínculo que reforça para sempre um amor incondicional.

Foi movida por esses sentimentos que a médica veterinária, Camila Justa, quando adotou a  filha de quatro patas, Margoth, optou por adotar a cachorrinha já adulta, Margot, tem quatro anos, é puramente sem raça definida e faz parte da família há um ano e sete meses. Camila confessa que foi amor à primeira vista.

“Ela veio no consultório que eu trabalhava tomar vacina, fez festa, me lambeu, pediu colo.. tinha 2 meses que a minha cadelinha havia falecido e quando a Margoth fez essa festa toda meu coração bateu mais forte. Passei a noite pedindo foto das tutoras dela e falando dela pro meu marido. No dia seguinte fomos pra o evento de adoção onde ela estava e apresentei ela pro meu marido, o pessoal da ONG me ajudou, ele apaixonou também, voltamos com ela pra casa naquele dia”, lembrou.

Desde a chegada da Margoth, a rotina do casal mudou, são cuidados semelhantes a de uma criança. Vacinas atualizadas que custam em média R$70, geralmente são quatro vacinas. A ração sempre é a melhor (superpremium), Camila diz que essa é a parte mais cara do orçamento. Além de acessórios e roupinhas que o casal compra pra manter a cachorrinha sempre produzida.

Nas datas em que celebram o aniversário de Margoth, sempre é uma reunião especial. ” Comemoramos sempre  em família. Preparo o biscoito favorito dela e passamos o dia mimando, fazendo as coisas que sabemos que ela ama”, disse.

Sobre a vida virtual de Margoth Camila detalha. “Usamos o perfil da Margoth para compartilhar alguns momentos da vida dela com as pessoas que acompanharam o resgate dela ou que conviveram com ela antes de ser resgatada”, contou a veterinária.

Influencer canina

“Trazer um pet para sua vida te ajuda a ser uma pessoa melhor, você aprende mais sobre amor, companheirismo e lealdade. Um cachorro desperta e fortalece as coisas boas em você. Ele é meu grande amigo, me segue aonde eu vou e já me tirou de momentos muito difíceis”, declarou o publicitário Arnaldo Rocha, dono do Bruce, um chow chow que foi adotado com 2 meses de vida e já faz parte da vida dele há 3 anos.

A vida de Bruce é bem movimentada, ele acompanha Arnaldo em diversas viagens para algumas cidades do interior e avisa: tem cinto de segurança especial pra ele. Bruce também participa de caminhadas e eventos voltados à pets

No aniversário, comemorado dia 9 de maio, sempre tem festinha pro Bruce. Ele ganha um bolo especial de carne, biscoitos, presentes e alguns amigos comparecem pra comemorar e celebrar a vida dele.”É um  excelente motivo pra fazer uma festa”, enfatizou Arnaldo.

Mas a vida agitada não é só no mundo real. Bruce é mais “famosinho” nas redes sociais que muitos humanos. Para ter um ideia somando o Instagram e o Facebook ele tem um pouco mais de mil fãs. É um número pequeno, mas bastante qualificado pois boa parte dos seguidores são pessoas que conhecem ele ou moram nas proximidades da casa, o que faz ele bem conhecido na região. Essa popularidade chamou a atenção de algumas empresas do segmento.

Segundo Arnaldo Rocha, ele já ganhou banho, tosa, biscoitos, bolo de aniversário, passou um tempinho ganhando ração e já participou inclusive de eventos patrocinados. “O bacana de manter um perfil ativo do seu pet é que ele serve de exemplo. Algumas pessoas perguntam sobre os produtos que ele usa para manter os pelos, por exemplo. A minha guarda sobre ele é registrada em cartório, como se fosse uma certidão aonde diz que eu sou responsável pela saúde e bem estar dele”, falou.  Pra quem quiser acompanhar e seguir o Bruce nas redes sociais o perfil dele é @instadobruce e o Facebook é facebruceoficial.

Por ser um cachorro bastante peludo, existem custos regulares de banho e tosa, a ração dele precisa ser premium para manter os pelos e sua saúde, trimestralmente tem o vermífugo e o remédio contra carrapatos e semestralmente ele faz um check up.

Amor de “Pets” que ultrapassa barreiras

A designer de moda Jéssica Zany dona de três “crianças pets”, conta que o mais velho, Tião de 8 anos, teve todos os cuidados de primeiro filho. Só pisou no chão (da rua) após todas as vacinas de bebê. Enquanto isso só passeava no colo. Para proteger de vírus e essas coisas (por recomendação veterinária). Já a Maggie uma poodle veio depois, como segunda filha a gente “liberou” algumas coisas mais cedo. Os passeios foi a primeira decisão.

Morando em Curitiba há três anos Jéssica e a esposa jamais imaginaram se separar dos bichinhos quando decidiram mudar de cidade. “Inclusive eles são prioridades, tudo que a gente vai fazer antes pensamos no bem-estar deles. Quando decidimos mudar fomos procurar a melhor cia aérea, mais segura para fazer o transporte. Eu sofro muito, porque nenhuma permitia que eles viajassem comigo na cabine, por conta do peso. Os dois são Poodles”, recordou.

A rotina deles sempre inclui pelo menos um passeio ao dia. Quando as donas viajam eles ficam num hotel para cães.

Há seis meses elas adotaram o Nino de dois anos (que é um Maltês). Jéssica declara que o Nino por ser mais novo que os dois, têm um pique diferente. Por conta disso ele frequenta a creche todos os dias. Para gastar mais energia. E para socializar melhor, porque ele veio com alguns traumas.

“Ele chegou na nossa casa muito magro, com a pele queimada de sol e cheio de medo. Então procuramos ajuda de uma Pet Sitter e adestradora. Ela nos orientou a melhor forma de criar uma boa convivência do Nino com os outros dois irmãos – e com o ambiente novo, família nova!”, disse Jésssica Zany.

Ela diz que hoje os três se dão super bem, mas que  tiveram muito trabalho de disciplina. “Isso requer tempo, paciência, amor e dinheiro”, riu.

É nessa hora que entra os custos. Todo tratamento veterinário, remédios, banho, exames – tudo tem um custo como de humanos. E o tratamento é como de uma criança. Elas levam no veterinário para acompanhar o peso, tudo verificar se está tudo bem, mais consulta de rotina mesmo.

Sobre comemorações elas celebram todos os aniversários. Fazem bolinho, com direito a vela temática. Os três participam de encontros com os outros pets que acontece na creche e nos passeios. “Pelo menos aqui em Curitiba é comum cachorros em parques, praças e shopping. Mais comum que em Manaus. Acho até pelo clima que é mais favorável para passeios ao ar livre. E isso é importante falar, cachorros não podem sair quando está muito quente. Eles podem queimar as patinhas”, alertou a designer.

Nas viagens elas não têm hábitos de levá-los pq o tamanho deles não é permitido na cabine, então transportá-los na carga pode ser traumático. Elas preferem deixá-los em hotel. Em Manaus eles ficavam no  Sweetpet Hotel – “O tratamento é ótimo, tem aulas de natação, play e todos os dias eles nos mandavam fotos e vídeos dos dogs e nos contam se já comeram e etc. Em Curitiba quando preciso viajar ficam na creche durante a semana e no final de semana a Pet Sitter vem duas vezes ao dia vê-los na minha casa.

Nenhum deles tem rede social, mas se tivesse Jéssica brinca que o nome seria “@menosamaggie”, porque “todo mundo se comporta, menos a Maggie”, brincou.

Por dentro
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que no Brasil, 44,3% dos 65 milhões de domicílios possuem pelo menos um cachorro e 17,7% ao menos um gato. Atualmente, há no total 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos no País. Em média são quase dois pets por domicílio e esses xodós já são considerados os novos filhos, uma vez que quase 70% dos lares com pets não têm crianças.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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