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Amor pelos animais

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Animais, quando começaram a ser domesticados, passaram a fazer parte do convívio com os humanos há milhares de anos, e tem sido assim até os dias atuais, principalmente cães e gatos, os mais sociáveis. Hoje, mais do que nunca, os animais de estimação recebem atenção especial, e são protegidos inclusive por leis, por que quem melhor do que um animal para nos divertir, e no caso dos cães, ser companheiro por toda a vida?

        A ong Anjos de Rua fez um ano agora em julho com três propósitos: cuidar do bem estar de animais; conscientizar a sociedade sobre a necessidade de protegê-los; e fazer o controle populacional dos que vivem pelas ruas, abandonados.

        Coordenada por Zuleika Toniwass, a ong se mantém com o apoio de 40 voluntários e doações de simpatizantes da causa. “Semanalmente realizamos uma feira de doação de animais do estacionamento do supermercado Atack. Todos castrados, vacinados e vermifugados. E damos dicas de como as pessoas devem tratá-los”, disse.

        “Outro projeto de nossa ong, do qual nos orgulhamos muito, é o de controle populacional de animais abandonados nas ruas de nossa cidade. Somos a primeira ong no país a executar um projeto dessa natureza, com autorização dada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária. Para conseguirmos custear essas castrações, realizamos rifas”, destacou. “Mas não podemos levar adiante esse projeto se a sociedade não nos ajudar. Precisamos firmar parcerias com comunidades organizadas para que esse controle populacional seja realizado, se possível, em todos os bairros de Manaus”, adiantou.

“Nosso grande projeto será a construção de um grande abrigo no qual teremos uma feira permanente para adoção de animais, com capacidade para três a quatro mil deles, em processo rotativo. O abrigo será todo temático, com restaurante, loja de souvenirs, auditório para palestras onde queremos receber as escolas para a conscientização dos alunos sobre como tratar bem dos animais que possuam, ou possam vir a possuir”, completou Zuleika.
       
Quartos com ar condicionado

A veterinária Adriana Oliveira trabalha há dois anos com hotelaria de animais e há duas semanas abriu o Pet Club Manaus, seu próprio hotel.

“Tudo começou quando uma cliente, que havia levado seu animal para eu tratar, perguntou se eu poderia ficar com ele num final de semana. Fiquei, e logo apareceram outros clientes querendo a mesma coisa, aí resolvi montar um hotel”, recordou.

“Sei que existem hotéis para animais exóticos, mas no Pet Club nossa estrutura, por ora, é somente para cães e gatos, e só para estes existe uma variedade de demandas. Manaus foi tomada por edifícios de apartamentos, que não são o melhor local para um pet viver, então recebemos hóspedes de donos que vão tirar férias, ou dedetizar a casa, ou fazer uma festa no apartamento. Na Copa o número de hóspedes aumentou porque os donos não queriam que eles ficassem expostos aos foguetes e bagunças que os torcedores, com certeza, iriam fazer na suas casas”, falou.

“O Pet Club tem recepção, três quartos com capacidade para até 50 animais, áreas externas, e piscina com água e com bolinhas. Cada espaço desses possui monitores e técnicos que, nas áreas externas, permanentemente estão brincando com os animais para cansá-los e, à noite, eles dormirem mais facilmente. Não temos celas gradeadas, são quartos mesmo, com caminhas e ar condicionado. E ainda temos a creche, onde os donos podem deixar seu animal das 8h às 17h”, lembrou.

        “E tenho a clínica, onde atendo os animais doentes, mas essa é separada do hotel e da creche, nos quais o animal deve ser sadio, vacinado e vermifugado”, garantiu. “No hotel temos vários pacotes de dias e horários, que podem ser escolhidos pelos donos de acordo com as suas necessidades”, concluiu.
      
Amor pela calopsita
E chega uma hora em que os animais também partem e a dor da partida é a mesma provocada pela perda de um ente querido. Para tentar minimizar esse momento de sofrimento, a Arca de Noé, pet shop, que também realiza banho e tosa, além de consultas e vacinas, inaugurou o cemitério Última Morada, há mais de dez anos.

“O cemitério está localizado no Tarumã, na Vivenda do Pontal, e hoje já abriga quase seis mil animais”, falou Eloyza Lopes, gerente da Arca de Noé.

“O dono do animal pode fazer o contrato de um ano, para que nenhum outro animal seja enterrado no mesmo espaço do seu. E pode renová-lo todo ano”, revelou.

“Praticamente todos os dias recebemos pedidos para enterrar algum animal, que acontece sempre às terças feiras. Já teve uma vez que enterramos sete, num mesmo dia”, contou.

“Os donos nos ligam e vamos ao local pegar o animal, na casa deles, mas geralmente numa clínica. Os acondicionamos em saquinhos de estopa ou caixinhas de aglomerado. Como os enterros só acontecem na terça feira, eles ficam na geladeira até o dia do enterro. Muitas vezes os donos vêm para o enterro, mas em outras estão tão tristes, que preferem não vir”, avaliou.

“No Última Morada os animais são enterrados em covas individuais, com plaquinhas onde constam seu nome, as datas de seu nascimento e falecimento, e o número de registro”, informou.
“Estamos aptos a enterrar qualquer animal de pequeno porte, mas já enterramos hamsters, porquinhos da Índia, iguanas e até uma calopsita”, finalizou.      

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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