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Associação questiona foco da fiscalização no entretenimento

O setor de Eventos, que segue cumprindo as recomendações sanitárias como medidas de segurança contra à Covid 19, reivindica que as fiscalizações da CIF (Central Integrada de Fiscalização), coordenada pela SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas), sejam ampliadas para outros segmentos. A solicitação é da Asseeam (Associação de Entretenimento do Estado do Amazonas), ao entender que o setor de entretenimento não é responsável pela disseminação do vírus no Estado. 

“A CIF não é um órgão fiscalizador com foco no setor de entretenimento, no entanto, é  direcionada para cumprir as medidas nesses locais e acaba deixando outros mercados de lado. frisou o presidente da Asseeam, Gerson Sampaio, ao considerar que a Central Integrada de Fiscalização, tem um pouco da atividade desvirtuada nesse momento. “Fica maculado. É algo que nós já reivindicamos ao governo estadual e municipal, por entendermos que a fiscalização é apenas seletiva e segregadora”. 

Para ele, o estado quer  vender uma sensação quando restringe a atividade do entretenimento por ser responsável pelo aumento no número de casos da doença, quando sabe-se que não é  impossível.   “O que nos estranha nessas fiscalizações é que somos a única atividade no estado a ter os clientes vacinados dentro dos estabelecimentos, mesmo isso sendo inconstitucional, por entender que o nosso papel é de responsabilidade social e incentivar a vacina. Fomos pegos de surpresa com essa restrição de forma repentina sem ao menos ter um diálogo com a associação para que isso fosse acontecer”.  

Ele reitera que a informação de que 80% dos casos de internação nos hospitais e dos casos graves são de pessoas que não tomaram a vacina. “Por isso é importante que haja fiscalização para cobrar o passaporte vacinal em todos os setores”. 

Representante do setor diz que não vilões na pandemia/Crédito: Tarcísio Heden/SSP

Sampaio entende que todos devem fazer sua parte, como exemplo as lojas do centro, os shoppings, as igrejas, “todos deveriam cumprir o decreto estadual e exigir a apresentação do cartão de vacinação para assim incentivar cada vez mais a população a se vacinar”.

O setor de Eventos foi duramente impactado pela pandemia da Covid-19, registrando perdas em torno de 60% no faturamento em 2021. Conforme o presidente da Asseeam, são 30 mil trabalhadores afetados que hoje precisam trabalhar. Ele disse que a categoria requer um planejamento por parte das autoridades para que possam se programar. 

Fiscalizações

Mesmo após anúncio do decreto pelo governador proibindo a realização de qualquer evento com cobrança de ingresso, o fim de semana foi de aumento no número de festas irregulares em Manaus. Os órgãos responsáveis pelas fiscalizações nesses locais, como a CIF, vão intensificar as ações na tentativa de impedir o descumprimento das normas de combate à pandemia expedidas pelo governo do Estado.  

O capitão Renan Libório, chefe do setor de planejamento integrado do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) da SSP disse que a ideia é aumentar essas fiscalizações.  “Vamos intensificar as ações. A CIF vai continuar sendo realizada aos fins semana para que a gente possa prestar um serviço melhor a sociedade e assim cumprindo o nosso papel em combate à pandemia.

Conforme Libório, a população tem um papel fundamental em denunciar esses eventos clandestinos através dos números 181 e 190, além disso evitar frequentar estes locais. “Temos dois decretos em vigor, o outro consiste em que as atividades de bares e restaurantes que possuem classificação como restaurantes podem funcionar seguindo algumas regras como dispor de álcool em gel, uso de máscara, sem pista de dança e 75% do local pode ser ocupado”. 

No último fim de semana foram cerca de 34 locais visitados, destes, 13 foram notificados por estarem cobrando ingresso aos frequentadores, o que é proibido. “A maioria destes locais interditados estavam descumprindo o decreto. O decreto é muito claro informando sobre os eventos com cobrança de ingressos estão vedados. 

Para completar, os registros das fiscalizações da CIF,  detectaram vários locais atuando com uma série de infrações, principalmente sem registros de alvarás. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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