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Acordo garante manutenção de testagem para covid-19 no aeroporto

Após a FVS-RCP (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto) anunciar na última quinta-feira (20), a desativação dos postos de testagens para Covid-19 no aeroporto, porto e rodoviária, secretarias entraram em ação para manter ativado ao menos o posto de testagens de Vigilância Genômica para a doença do Aeroporto Eduardo Gomes. 

Operadores do turismo receptivo em Manaus, foram surpreendidos, com a decisão da  FVS-RCP encerrar os atendimentos dos serviços nos referidos locais. De acordo com representante do segmento, a facilidade do turista que chega a Manaus encontrar um posto de atendimento, reforça o compromisso das empresas com a saúde, além de proporcionar mais segurança para a população do Amazonas. 

O empresário Ricardo Daniel Pedroso, da Amazonas Cluster de Turismo, enviou um ofício endereçado à FVS questionando a determinação que ocorreu sem comunicado prévio. Procurada pelo Jornal do Commercio, a FVS informou que os postos não são para testar turistas e sim identificar variantes e isto já foi feito, por isto o serviço foi suspenso. “Se retornar será divulgado, mas não há previsão”, diz.

O empresário confronta a resposta da fundação. “Infelizmente na prática não foi isso. O governo determinou por meio do decreto  que as empresas exijam o teste e o passaporte vacinal. E para facilitar teria a presença desses postos. Pelo menos isso que ficou subentendido.  A partir do momento que desativam,  passa a impressão que a cidade não tem  mais controle. E para nós que operamos no turismo receptivo somos obrigados a cobrar o comprovante de vacinação o que complica o dia a dia. Muitas vezes o turista espera chegar na cidade de destino para validar o teste”. 

Conforme o empresário, a ideia é reverter a situação pelo menos para a retomada dos testes no posto do aeroporto. “O secretário Jório de Albuquerque Veiga Filho, da Sedecti, pretende manter um diálogo com a FVS na tentativa de manter ao menos o posto de testagens do terminal aeroportuário. “É uma iniciativa que facilita a vida do turista. Caso ele testasse positivo já ia para o hotel, se  isolava e seguia todos os protocolos. Era de praxe. A partir do momento que tira essa possibilidade complica a vida de todo mundo”, enfatizou ele. 

A vice-presidente de Turismo Receptivo da Abav-AM (Associação Brasileira de Agência de Viagens), Glória dos Santos Reynolds, reitera que todos do trade turístico foram pegos desprevenidos e não entendem o porque dessa medida num momento em que estão passando por um cenário difícil de pandemia. “No meio de uma situação que estamos vivendo esses postos são fechados? Nós já havíamos falado para os nossos clientes, pessoas que estão com reservas confirmadas que em Manaus, especialmente no aeroporto, dispomos desse atendimento. Nem sequer fomos informados antecipadamente do ocorrido. Isso é algo que prejudica, em paralelo mostra o  valor do turismo para muitos que nós estamos tentando sobreviver depois de tudo que passamos neste período de pandemia e agora estamos retrocedendo. Estávamos atendendo a necessidade do cliente e agora foi retirado dos pontos principais por onde os turistas passam”. 

Testagens 

O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes é o posto de testagens,  no Amazonas, que mais detecta passageiros desembarcados em Manaus com a infecção. As testagens iniciaram em 31 de maio. 

Matéria no site da FVS,  a enfermeira coordenadora das testagens, Evelyn Cesar, destacou que a realização das testagens é importantíssima para que a FVS mantenha o monitoramento de variantes por meio da Vigilância Genômica. “Então, continuamos sensibilizando os passageiros para que realizem o teste e contribuam para essa ação. 

Os testes são do tipo RT-PCR e o material é coletado no saguão do aeroporto, após monitores orientarem e sugerirem o exame nos portões de desembarque. O RT-PCR é voluntário para 10% dos passageiros de cada voo que chega diariamente ao aeroporto. Os profissionais ficarão no local, atuando em turnos de 12 horas para vigilância por 24 horas.

A testagem era gratuita e voluntária, quem chega a Manaus pelo aeroporto é informado sobre a realização dos exames ainda na aeronave, após o pouso. “Os técnicos estão a postos para atender os passageiros que estão desembarcando e explicam a necessidade da realização do teste e a importância do diagnóstico precoce da infecção, para realizar o tratamento e isolar os casos detectáveis”, detalha a enfermeira.

Postos – No Porto de Manaus, os passageiros ficam sabendo das testagens por meio de banners, afixados em locais estratégicos próximo à entrada e saída dos passageiros. Já na Rodoviária da capital, a abordagem técnica ocorre no desembarque e o posto de testagem está na saída da estação rodoviária.

No porto, as testagens detectaram a infecção nos passageiros vindos de Iranduba, Parintins, Maués e Tabatinga, cidades do Amazonas; e Santarém e Alenquer, no Pará. Na rodoviária, os casos positivos eram provenientes de Boa Vista, Itacoatiara e Manaquiri.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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