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Vacinação contra Covid-19 segue lenta no interior do Amazonas

A vacinação contra a Covid-19 está abaixo das metas no interior do Estado, ao contrário de Manaus onde grande parte da população já foi vacinada. Segundo a FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas), pelo menos 25 municípios não completaram a imunização completa contra o novo coronavírus.

Outro agravante é que muitas pessoas se recusam a tomar a vacina temendo efeitos colaterais. E ainda pela crença de que os imunizantes funcionam apenas como placebo (sem nenhuma eficácia), engordando os lucros dos fabricantes, segundo médicos que trabalham em cidades ribeirinhas.

Hoje, os municípios que registram a menor quantidade de vacinados são Humaitá, Boca do Acre, Urucurituba, Presidente Figueiredo, Anamã, Manaquiri, Beruri, São Sebastião do Uatumã, Maraã, Pauini, Carauari, Rio Preto da Eva, Manacapuru, Apuí, Coari, Nova Olinda do Norte, Guajará, Novo Aripuanã, Envira, Itamarati, Codajás, Novo Airão, Juruá, Anori e Ipixuna, apontam os dados divulgados pela FVS-AM.

“Só com o aumento da cobertura vacinal poderemos conter o avanço da Covid-19. Por isso, é necessário que a população se empenhe cada vez mais em tomar as vacinas”, alerta o diretor-presidente da FVS-AM, Cristiano Fernandes.

De acordo com a fundação, as situações mais críticas são encontradas em Anori e Ipixuna. Localizada na região do Médio Solimões, Anori tem apenas 8% da população vacinada. Só 1.051 das pessoas tomaram as duas doses da vacina.

Já em Ipixuna, que fica no Alto Juruá, somente 7,1% da população vacinável está com a imunização completa. Lá, 1.190 pessoas receberam a segunda dose da vacina contra o coronavírus e apenas seis conseguiram a dose única da Jansen.

‘Preocupante’

O infectologista Nelson Barbosa avalia que o número é preocupante. Ele diz que o vírus continua em circulação no Estado, exigindo que a campanha aumente o seu raio de ação na cobertura vacinal em todo o Amazonas.  

“É necessário que as prefeituras intensifiquem a campanha de aplicação da segunda dose para evitar um possível aumento de casos no interior”, afirma o especialista. “Claro, a vacina não é o único meio de evitar a contaminação. Existem as medidas não farmacológicas, como o uso da máscara, o distanciamento social, álcool em gel, mas a vacina é o aliado indispensável”, acrescenta o médico.

Para Nelson Barbosa, os gestores de saúde no Amazonas devem priorizar a aplicação da segunda dose para que não haja um aumento de casos nos municípios do interior do Estado, reforçou.

Cristiano Fernandes informou que a FVS mantém o monitoramento diário com os programas municipais de imunização em relação às coberturas vacinais. E disse ainda que o órgão participa de ações de intensificação da campanha de vacina contra a Covid-19, não apenas da primeira dose, mas também para a segunda dose na população já apta a receber os imunizantes, principalmente em municípios de baixa adesão por parte dos grupos prioritários.

“Trabalhamos de forma harmônica, entendendo as dificuldades vivenciadas, as diferentes realidades e desafios enfrentados pelos municípios em especial os mais distantes na região”, disse ele.

Foto/Destaque: Divulgação

Marcelo Peres

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