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Supermercados melhoram vendas em fevereiro

Com um leve índice no resultado de fevereiro, o setor de supermercados no Amazonas apresentou crescimento nas vendas de 6% em relação ao mesmo período de 2020 e acima de janeiro deste ano, que teve as vendas fracas apontando apenas 3%. O percentual é confirmado pela Amase (Associação Amazonense dos Supermercados).

Segundo o vice-presidente da Amase, Ralph Assayag, a leve melhora está relacionada às medidas restritivas impostas ao comércio em geral, o que levou as famílias aos supermercados. “Não tinha onde comprar e o lugar de gastar era nos supermercados. Quando os outros segmentos fecharam as portas, os estabelecimentos essenciais mantiveram o que ajudou no resultado. Em março, não temos números totalmente fechados, mas já sentimos uma queda porque muitos estabelecimentos já estão abertos e não sabemos se vamos fechar positivo”. De acordo com Assayag, o segmento apresentou uma melhora no mês de abril com as vendas da Páscoa, porém já é possível prever uma queda. 

Em comparação com o mês de janeiro, supermercados se recuperam em fevereiro
Foto: Divulgação

Ralph considera que os auxílios concedidos pelos governos federal e estadual e prefeitura, os recursos como décimo terceiro e décimo quarto aos profissionais de saúde, previstos para o próximo mês, vão dar uma ajuda muito grande para o aquecimento do mercado. “Não vai ser igual do ano passado, mas provavelmente vai chegar em torno de 70% em relação a 2020. Vai ajudar com certeza”. 

Vale lembrar que o percentual de vendas do segmento no Amazonas, vem ficando abaixo dos resultados nacionais, enquanto em janeiro o setor registrava 3% o índice nacional indicava alta de 12%. Nessa esteira, o balanço de 2020 frustrou o setor contabilizando tímido percentual de 6,5%. Com as projeções frustradas, resta aguardar o desempenho do setor mês a mês. 

Recursos podem ajudar

As oscilações nos resultados do setor são avaliadas pelo economista Eduardo Souza que concorda que a ajuda por meio dos benefícios como o auxílio emergencial é um incentivo ao consumo de bens básicos e há uma projeção de aumento na procura por produtos comercializados em  supermercados. “Algumas famílias vão ter o poder de compra mais elevado, outras vão passar a ter o poder de compra porque o auxílio tem esse objetivo de dar capacidade de consumo a algumas pessoas que não tem ou de  melhorar esse poder justamente para aquisição de itens básicos. Vai haver um aumento considerável nos supermercados e um volume de vendas mais elevado”.

Ele avalia ainda que essas variações nos números do Amazonas em relação ao dado nacional, podem estar associadas a uma série de fatores, como a questão cultural relacionada ao consumo ou a situação financeira no Estado seja mais inviável para as famílias e por conta disso o consumo seja menos elevado. Pode ser levado em consideração ainda a questão dos preços mais elevados muito em função do que é chamado comumente de custo Manaus de logística de transporte um pouco mais alto devido a região geograficamente um pouco mais isolada em questão de logística de escoamento de produto. “A tendência é o consumo menor, principalmente para as  famílias que não tem uma renda muito elevada e uma capacidade de consumo maior realmente vão  optar por comprar só o básico no menor preço possível”. 

Mostrando resistência à crise causada pela pandemia, o setor de supermercados mais uma vez se sobressaiu, os números do segmento no país estão no INC (Índice Nacional de Consumo Abras nos Lares Brasileiros) que apresentou crescimento real de 7,57%, de janeiro a fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).  Em relação ao mês de janeiro de 2021 o índice registrou queda de -6,75%. Na comparação com fevereiro de 2020 a alta foi de 5,18%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (14), em coletiva de imprensa.

Marcio Milan,  vice-presidente Institucional e Administrativo da Abras, atribui o resultado nacional ao ano de pandemia da Covid-19. “Nos meses de janeiro e fevereiro de 2020, o Brasil ainda não tinha sido impactado pela pandemia, que começou em março. Em 2021, com a continuidade das restrições e das medidas de isolamento social para combater a Covid-19, com aulas escolares virtuais, trabalho remoto, e bares e restaurantes fechados, o consumo dentro do lar foi favorecido”, declara Milan. 

De acordo com o vice-presidente, o resultado negativo na comparação com janeiro é devido ao calendário reduzido do segundo mês do ano. “Fevereiro conta com 28 dias e janeiro com 31, portanto três dias a menos no consumo”, destaca Milan.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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