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Vendas dos supermercados em nível baixo no Amazonas

As medidas restritivas mais duras impostas pela segunda onda da Covid no Amazonas em janeiro, fizeram o setor apresentar um percentual diferente de todo Brasil, o volume de vendas registrou 3%. Os dados são da Amase (Associação Amazonense dos Supermercados). Mais uma vez, os números do setor na capital estão fora da curva do resultado nacional divulgados nesta quinta-feira (11) pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), indicando  alta de 12%. 

“Em janeiro, muitas pessoas estavam desempregadas e ainda com muito medo de ir até esses locais, o que atrapalhou muito as vendas no referido mês”, afirma o vice-presidente da Amase, Ralph Assayag. Mas em fevereiro,  ele diz que houve uma leve melhora, apesar dos números ainda não estarem fechados. Em março já é possível observar alguma normalidade em relação ao restante do país. 

No mês passado, na contramão dos resultados nacionais, a Amase informou que a movimentação do setor no Amazonas ao longo de 2020, encerrou o ano com resultado  tímido com percentual de 6,5%. Na ocasião, o vice-presidente da entidade revelou que as projeções foram frustradas.

“As dificuldades enfrentadas ao longo do ano passado, atreladas aos custos elevados tanto de produtos quanto ao encarecimento do frete, fizeram  minguar as projeções. “Os grandes centros produzem mais e melhor. O valor do frete é muito caro, isso reflete nos preços dos produtos e pagamos valores mais altos”, disse ele. 

Ele atribuiu o fraco desempenho à suspensão das atividades comerciais ao longo do ano passado, a falta de trabalho culminou com o menor consumo. Ele também comentou que prefere não falar sobre projeções para este ano, mas reitera que  será muito difícil.

Para a Associação Brasileira de Supermercados a projeção de crescimento das vendas do setor para o ano de 2021, é de 4,5%.

Para o  vice-presidente Administrativo e Institucional, Marcio Milan, janeiro é um mês tradicional de férias e, mesmo durante a pandemia, muitas pessoas viajaram. “Com as restrições de funcionamento de muitos estabelecimentos pelo Brasil, o setor, por ser essencial, foi uma opção na compra de diversos itens. Na comparação com dezembro, a queda de -18,45% foi impactada pela sazonalidade das compras de final de ano, considerado o melhor período de vendas dos supermercados”, declara.

Cesta

De acordo do a Abras, a cesta Abrasmercado Nacional no referido mês indicou que a região Norte foi a que apresentou maior variação, 1,42% na comparação com dezembro de R$705,53, passando a R$ 715,55. A cesta é composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica. 

Entre as maiores altas na região estão a cebola 9,65%, extrato de tomate 8,58%, ovo 8,21%, carne dianteiro 6,57% e a batata 5,17%.

Páscoa positiva 

A Páscoa deverá ser positiva para o setor supermercadista, que projeta crescimento de até 15% nas vendas na comparação com 2020, de acordo com estudo realizado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

“Em 2020 fomos pegos de surpresa com a chegada da pandemia e do isolamento social bem próximos da Páscoa. Esse ano o setor se preparou para as vendas em período mais remoto, e conta ainda com uma força maior do e-commerce que ganhou mais clientes durante a pandemia”, destaca o vice-presidente Institucional e Administrativo da Abras.

Apostas 

Entre os chocolates, queridinhos da data, os itens de menor valor agregado lideram as principais apostas dos varejistas em volume de vendas. Caixa de bombom, 12,9%, seguida de barras, tabletes, entre outros, 11,8%, e Ovos de Páscoa até 200 gramas, 9,4%.

Para o almoço de Páscoa os supermercadistas estão apostando em um maior volume de vendas dos vinhos importados, 13,8%, e cervejas, 12,9%, além do azeite, 13,4%, e pescados (peixes, 13%, e bacalhau, 12,1%).

Em relação aos preços em 2021, os vinhos importados e o bacalhau foram os que sofreram as maiores variações devido ao câmbio, 15,3% e 15,6%, respectivamente.

Pandemia 

Sobre o atual momento, o vice-presidente Institucional e Administrativo da Abras, Marcio Milan, afirma que o setor supermercadista segue atento ao avanço da pandemia da covid-19 no Brasil, e reforça que desde o início da pandemia os supermercados têm funcionado com muita responsabilidade no processo de prevenção e segurança de clientes e colaboradores.

“Estamos vigilantes e seguimos firmes em relação às medidas de proteção estabelecidas pelos nossos protocolos, que foram elaborados com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos reguladores.”

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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