Pesquisar
Close this search box.

Vendas se mantêm altas, apesar da volta do IPI

A volta integral da incidência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os eletrodomésticos de Linha Branca não evitou que as vendas do segmento se mantivessem aquecidas neste ano, conforme indica pesquisa de mercado da GfK Retail and Technology.
Em 2009, o segmento estava numa posição privilegiada por causa da redução desse imposto, que vigorou até janeiro deste ano para fogões (5% para 0%), refrigeradores (15% para 5%) e lavadora (20% para 10%). Apenas as categorias de freezers e micro-ondas não foram beneficiadas.
O Gerente de Negócios – Linha Branca da GfK RT, Oliver Römerscheidt, explica que não foi apenas o IPI que influenciou no resultado do setor: “Como 2010 foi o ano da Copa do Mundo, os brasileiros investiram muito mais na compra de televisores”, ressaltou.
Ele destaca que, embora a expansão do mercado tenha sido menor quando comparados os números de cada mês de 2010 em relação a 2009, o segmento registrou crescimento no acumulado de janeiro a agosto. “Cada vez mais os consumidores optam por produtos mais sofisticados e de maior valor agregado, o que justifica um aumento maior em faturamento do que em unidades vendidas”, explicou.
Na categoria de refrigeradores, foram vendidas aproximadamente 8% de unidades a mais em relação ao mesmo período de 2009. Porém, em faturamento, o índice foi de quase 10%, uma vez que os equipamentos de duas portas foram os mais procurados. “O brasileiro está mais disposto que os consumidores de outros países a pagar mais por uma geladeira mais mo– derna”, analisou o consultor da GfK RT.

Maior sofisticação

Os fogões são outro e–xemplo de que o consumidor tem buscado produtos mais sofisticados, de cinco e seis bocas: enquanto houve um aumento de apenas 1% de unidades vendidas, em faturamento ocorreu um incremento de 6,3%.
Os números relativos às lavadoras mostram a mesma tendência de compra: redução em unidades vendidas (- 3,9%), mas aumento em faturamento (0,5%). Estes dados podem ser explicados pela demanda maior por máquinas automáticas, em detrimento das semiautomáticas –tanquinhos. O acesso da classe C ao crédito, de acordo com Oliver, fez com que os consumidores deixassem de usar o tanquinho e comprassem uma máquina de lavar melhor.
Ele afirma que a situação econômica atual do país deve manter a expansão do segmento de Linha Branca, mesmo com índices mais modestos em relação aos registrados no período de redução de IPI.
“Com uma estimativa de crescimento da ordem de 7,5% para a economia do país e taxa de desemprego na faixa de 7%, o cenário é extremamente favorável. Em 2010, os itens de linha branca não chegarão ao volume de vendas do ano passado. Mas, para 2011, como não haverá influenciadores como Copa do Mundo e fim da isenção do IPI, devemos ter um cenário mais estável. Há também espaço para novos participantes, pois este é um mercado muito concentrado e bastante atraente”, finalizou Oliver.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar