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Saldo do AM recua na comparação mensal

Pela quarta vez no ano, o saldo de empregos no Amazonas teve uma queda em relação ao mês anterior. Em novembro, apesar de admitir 16.536 funcionários e desligar apenas 15.126, a diferença entre estes números ficou 58,40% abaixo da alcançada em outubro, 1.410 atrás de 3.389, segundo dados do MTE (Ministério do Emprego e do Trabalho) via Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Além disso, o saldo de igual período do ano anterior também sobressaiu perante o resultado do penúltimo mês de 2010. Mesmo com um número de contratações 13,79% menor (14.532), o saldo de novembro de 2009 (2.121) foi 33,52% superior ao atual. Um resultado surpreendente tendo em vista que naquela época, embora de forma mais branda, o mundo ainda vivia uma crise econômica e, consequentemente, o país também.
Segundo o titular da SRTE/AM (Superintendência Regional do Trabalho e do Emprego no Amazonas), Alcino Vieira dos Santos, como havia uma expectativa para a Copa e a economia nacional entrava em ritmo de recuperação, houve uma manutenção maior de empregos para atender a demanda do evento esportivo.

Novas medidas

Em relação às novas medidas do governo que podem afetar o consumo numa reação em cadeia que inclui o comércio e a indústria, Santos frisa que a medida é positiva e não deve impactar na geração de empregos. Ele prevê que em 2011 deve haver um deslocamento da força de trabalho para a área de construção civil. “Devido aos novos projetos para realização de obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e do ‘Programa Minha Casa, Minha vida’”, destacou.
Porém, enquanto 2011 não vem, as indústrias de construção civil foram as que mais influenciaram para o percentual negativo do mês. Após um decréscimo de 305 pessoas a mais que o número de empregados no mês anterior, o segmento demitiu 2.225 funcionários em novembro, diferença de 952 em confronto aos que foram contratados (1.643).
Por vir apresentando mais demissões que admissões, o departamento civil também sofreu impacto no saldo dos 12 meses, diferença de 491 pessoas entre contratações (19.385) e desligamentos (19.876).
Quanto aos números do mês, o presidente do Sinduscon/AM (Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado do Amazonas), Eduardo Lopes, fala que o polo imobiliário continua aquecido. Por isso, a única justificativa para esses dados seriam as paralisações das obras públicas, que ocorrem normalmente no final e início de ano. “As empresas que realizam estas obras só voltam a receber a partir de março e isto impacta nos empregos”, analisou.

Embalados pelo Natal, comércio e indústria apresentam crescimento

Por outro lado, quanto aos valores dos 12 meses, Lopes diz que os números divergem dos dados do sindicato. Segundo ele, há cerca de 50.000 funcionários formais no segmento. Além do mais, o setor ainda sofre dificuldade de contratação. “Se nós temos dificuldades é porque as pessoas já estão empregadas”, enfatizou.
O presidente do Sinduscon/AM também concorda com as perspectivas para o próximo ano, ainda mais que muitas obras para a Copa do Mundo não foram iniciadas este ano.

Resultado favorável

Já o comércio, precisamente por conta do fim do ano, dos principais setores econômicos do Estado foi o que mais se destacou, com uma diferença de 1.851 pessoas entre contratados e demitidos. O saldo foi superior tanto em relação ao de outubro (728), quanto ao de mesmo mês do ano passado (1.508).
Em 12 meses essa situação também se manteve, 3.258 funcionários ainda mantidos ante os 2.945 resultantes de igual período antecedente.
Da mesma forma, as indústrias de transformação conseguiram um resultado favorável em contraponto ao de 2009. Entre meses, houve um aumento de 11,77% sobre o saldo passado, 285 a frente de 255. E nos 12 meses até agora, a diferença foi positiva, com 9.620, enquanto no mesmo período de 2009 o número era -10.425.
Embora com alguns resultados inadequados no mês, no ano o Estado deu oportunidade de emprego a 187.916 pessoas, restando 28.000 depois da demissão de 159.916. Comparados aos valores obtidos nos onze meses do ano passado (6.574), houve um acréscimo de 325,92%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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