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SEC promove workshop de backstage de shows e espetáculos

SEC promove workshop de backstage de shows e espetáculos

Você que quer participar do mundo dos shows e dos espetáculos, esta é a sua chance. Do dia 28 de julho ao dia 14 de agosto a SEC (Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa) irá promover, em plataforma digital, o Workshop de Backstage (bastidores) com instrutores do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do Portal da Cultura (www.am.gov.br). São 50 vagas para cada uma das três modalidades oferecidas: Montagem e produção de iluminação para espetáculos; Sonorização básica para eventos e orquestras; e Montagem técnica de orquestra e bandas para eventos.

“No processo de concepção de iluminação e estética de um espetáculo, tanto as iluminações naturais, quanto as artificiais, são extremamente importantes para o conjunto da obra. Tudo fica mais poético quando se tem uma bela luz”, falou Tabbatha Melo, instrutora do workshop ‘Montagem e produção de iluminação para espetáculos’, que acontecerá de 28 a 30 de julho, das 19h às 21h.

Tabbatha trabalha no Teatro Amazonas e entre seus trabalhos constam as iluminações do Réveillon da Cidade de Manaus desde 2013, o Amazônia Live – Rock in Rio (2016), o FIFA Fan Fest Manaus (Copa do Mundo 2014), o Live Site Manaus (Jogos Olímpicos 2016), o Festival Passo a Paço, e a criação, em dezembro de 2019, do desenho de luz de ‘A Caixa Mágica do Natal’, espetáculo vencedor de melhor musical do ano na Região Norte.

“A iluminação pode dar o tom da fala, criar uma atmosfera. Para alguns ela também é acessibilidade. Eu posso não ouvir a fala da cena, mas posso enxergá-la e sentir a magia e o encantamento do espetáculo. A iluminação pode ser a anunciação de algo que você ainda nem viu, mas que vai ser revelado”, disse.

O que faz um roadie?

Nos dias 3 e 4 de agosto é a vez do técnico de som e sonoplasta Fábio Moreno, que também trabalha no Teatro Amazonas, promover o curso ‘Sonorização básica para eventos e orquestras’, das 15h às 17h.

Fábio é técnico de som desde 1998 e trabalhou nas maiores empresas do segmento da capital amazonense. Também faz parte do projeto de formação AudioCrewManaus, voltado para técnicos de áudio na cidade.

Entre os trabalhos que participou estão Festival Amazonas de Ópera, Festival Amazonas Jazz, Festival Amazonas de Dança, Festival Amazonas de Teatro e Amazonas Film Festival.

Encerrando o Workshop de Backstage, nos dias 13 e 14 de agosto, das 19h às 21h, o roadie Jefferson Barbosa irá falar sobre ‘Montagem técnica de orquestra e bandas para eventos’. Mas, o que faz um roadie? Quais os tipos de profissionais no mercado e como são reconhecidos no Brasil e no mundo?

Roadies são os técnicos, ou pessoal de apoio, que viajam junto com uma banda, um grupo de artistas e até mesmo com uma orquestra pelo mundo afora, como é o caso de Jefferson, que é roadie da Ovam (Orquestra de Violões do Amazonas) desde 2009, mas também já trabalhou com a Amazonas Filarmônica de 1999 a 2008, e em festivais de música, jazz, dança, teatro, ópera e música na estrada. Atuou como técnico de palco com a banda Tucandeira na gravação do DVD, contra-regra na companhia de Teatro Arte Cena, Vila Mix, entre outros.

O nome roadie (road é estrada, em inglês) originou-se do fato de que quem exerce a função está sempre nas estradas, durante as turnês de músicos, viajando de avião ou ônibus, por grandes distâncias.

“Esses profissionais são indispensáveis em concertos e turnês porque executam toda a pré-produção de um show, preparando inclusive o palco para a apresentação”, esclareceu Jefferson.

Profissionais no que fazem

Sobre o prazer que sentem em estar nos bastidores com grande responsabilidade sobre a realização de um espetáculo, o profissionalismo está acima de tudo.

“Para mim não tem espetáculo fácil ou difícil de iluminar, pois cada um tem o seu nível de processo criativo, concepção e montagem. Mas isso, pra mim, não significa dificuldade, significa envolvimento e eu sou completamente envolvida com o que me proponho a fazer”, revelou Tabbatha.

“Sempre me perguntam sobre o lado bom e o lado ruim da minha profissão. O lado bom é que eu viajo o mundo em turnês. Não gasto nada e ainda ganho pra fazer isso. Participo de grandes produções, conheço vários artistas e seus roadies, e ainda me reciclo automaticamente com estes”, falou Jefferson.

“O lado ruim fica a critério de cada um. Apesar de ser uma profissão pouco reconhecida, é de suma importância para o artista. Somos os primeiros a chegar aos locais das apresentações e os últimos a sair. Ficamos noites acordados. Mas eu gosto de tudo isso, senão não estaria há 22 anos na profissão”, concluiu.

“O principal objetivo do Workshop de Backstage é fomentar o empreendedorismo na cadeia produtiva da Cultura e Economia Criativa, principalmente neste momento, no qual os profissionais precisam se reinventar para uma adaptação ao ‘novo normal’. Queremos somar e oferecer possibilidades para quem vai recomeçar, e para quem deseja começar nessas profissões”, finalizou o secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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