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Produção industrial registra leve alta

Depois de alcançar expansão de 6,6% no último trimestre do ano passado –outubro, novembro e dezembro-, o dinamismo da produção industrial amazonense foi de apenas 1,7% em janeiro de 2012, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ainda assim, o menor crescimento foi bem recebido por entidades representantes da indústria no Amazonas.
Isso porque em comparação a dezembro de 2011, o resultado do primeiro mês do ano se manteve praticamente estável, com alta de apenas 0,1% e de 1,7% em relação a janeiro de 2011. Já no acumulado dos últimos 12 meses, uma expansão de 4% foi anotada no Estado.
Dessa forma o Amazonas, mesmo com o pequeno crescimento, ficou acima da média Brasil (-3,4% em relação a janeiro de 2011) e foi um dos cinco Estados entre os 14 pesquisados que não apresentaram queda na produção industrial. “Se no primeiro mês que é sempre o mais fraco para a indústria conseguimos um resultado pelo menos equiparado ao de dezembro, a perspectiva para nós é positiva”, avaliou o analista econômico da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Gilmar Freitas.
Segundo ele, o resultado dá indícios de que a produção deste ano pode ao menos encostar nos números do ano passado. “Só não podemos esquecer que fatores como invasão dos importados, supervalorização do real e a crise externa podem a qualquer momento influenciar e mudar os rumos da indústria no decorrer do ano”, ponderou.
O presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Ailson Rezende, enumerou outros fatores que inspiram cuidados como as demissões do inicio do ano -esperava-se a contratação de cerca de 3.500 trabalhadores temporários, o que não ocorreu-; a redução natural dos pedidos para a indústria devido a motivos sazonais além de um consumo familiar menor.
“A notícia boa é o corte na Selic –taxa básica de juros-, o que significa que o governo resolveu incentivar a produção mesmo correndo alguns riscos com o índice inflacionário”, acrescentou.
Ele reforça que ainda é cedo para um prognóstico porque ainda há certa apreensão vinda da zona do euro, “mas começamos melhor que o esperado”, destacou.

Segmentos

Entre os segmentos, apenas quatro foram responsáveis por manter a produção amazonense estável, entre eles, a fabricação de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (+27,6%), representado, principalmente, pelos televisores e telefones celulares, além da atividade de refino de petróleo e produção de álcool, que cresceu 19,7%, em especial pela maior produção de gasolina automotiva.
Para o setor eletrônico, em particular para a produção de telefones celulares, o presidente do Sinaees (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Celso Piacentinni, comemora a expansão, considerando a grande entrada de aparelhos no país “Crescer com a invasão de celulares chineses já é uma vitória”, enfatizou.
Em sentido inverso, apareceram os setores de alimentos e bebidas (-9,7%), edição e impressão (-15,0%), máquinas e equipamentos (-8,7%) e produtos de metal (-10,2%), significando recuo na produção, principalmente, de preparações em xarope e pó para elaboração de bebidas, DVDs; aparelhos de ar condicionado e aparelhos de barbear, respectivamente.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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