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Pesquisa analisa adaptação do tucunaré ao ecossistema aquático de Balbina

A população de tucunaré-açu (Cichla temensis) acelerou o processo evolutivo da espécie, que hoje está se adaptando aos novos ambientes aquáticos gerados após 40 anos do represamento do rio Uatumã (afluente do rio Amazonas) para a construção da Usina Hidrelétrica de Balbina, localizada no município de Presidente Figueiredo (distante a 117 quilômetros de Manaus). 

Foi o que constatou uma pesquisa apoiada pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) – via Programa de Apoio à Fixação de Doutores no Amazonas (Fixam).

Intitulada “Impacto das Usinas Hidrelétricas em Peixes: um estudo de caso do Tucunaré no  reservatório de Balbina”, e sob a coordenação da cientista, Maria Doris Escobar Lizarazo, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a pesquisa  utilizou  a genômica, que permitiu conhecer parâmetros populacionais e o estado de conservação da espécie, como base para estratégias efetivas de manejo e conservação desse peixe, em prol de uma pesca sustentável, evidenciando como a fragmentação artificial do habitat aquático aprofundou a diferenciação entre as populações de peixes e, no caso daqueles que não são migratórios, como o tucunaré-açu, acelerou os processos adaptativos aos novos ambientes, aumentando o isolamento da população. 

O estudo apontou ainda que as usinas hidrelétricas causam modificações drásticas nos ecossistemas aquáticos, o que pode acarretar em impactos consideráveis na dinâmica dos peixes e levar a transformações nos processos microevolutivos das populações, podendo levar à extinção local, uma vez que funcionam como um filtro ambiental sobre as espécies, bloqueando as rotas migratórias e troca gênica dos peixes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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