Com investimentos que somam aproximadamente R$ 1,2 milhão, a segunda unidade do Cide (Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial) tem lançamento previsto para o primeiro semestre de 2008. A finalidade do projeto é garantir apoio técnico às associações e micro e pequenas empresas do segmento de confecção. A incubadora é uma iniciativa da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) e do Sindconf (Sindicato das Indústrias de Confecções).
O edital do projeto será divulgado em janeiro do próximo ano. Segundo o presidente do Sindiconf, Engels Medeiros, as empresas concorrentes deverão entregar um plano de negócios que será analisado. “O cumprimento dos critérios do plano apresentado será cobrado. Por exemplo, se o empresário diz que fabricará calças jeans não pode se instalar e começar a fabricar peças íntimas”, explicou.
Conforme o executivo, a estimativa é que no intervalo de três a quatro meses após o início das atividades, as empresas lancem os seus catálogos.
A incubadora vai reunir as indústrias de costura num único local e fornecer informações e treinamentos. “A expectativa é que no período de dois a três anos o projeto das empresas já esteja plenamente executado. Deste modo, elas estarão prontas para ter sua própria gestão e competir no mercado”, disse o dirigente.
A sede do centro de incubação será na antiga unidade de educação seis do Sesi, no bairro Alvorada. O prédio está sendo reformado para receber as associações do setor de confecção. Inicialmente, a incubadora vai abrigar entre 10 e 15 empresas. Cada indústria poderá usufruir de uma sala de 60 m2, sistema de internet, restaurante, além de cursos ministrados regularmente. As atividades funcionarão em horário comercial de 8h às 12h e de 13h às 17h.
Em contrapartida, os associados terão que pagar uma espécie de taxa para manutenção do local. O presidente do Sindconf não soube precisar o valor médio do “aluguel”. Entre as atividades que serão realizadas pelo Cide 2 estão também desfiles e rodadas de negócios “Vamos intermediar o contato entre produtores e comerciantes para que estes passem a comprar mais as roupas produzidas na cidade”, comentou.
A idéia da nova incubadora é informar os produtores sobre preço dos produtos, aquisição de matéria-prima, elaboração de catálogos e promoção de moda em Manaus. De acordo com Engels Medeiros, essa “moda” não diz respeito às peças incrementadas apresentadas nas passarelas. “Nosso intuito é produzir roupas para usar no dia-a-dia, mas com apliques que agreguem valor e beleza”, explicou o executivo. Os profissionais do ramo da costura das empresas incubadas terão aulas com designers e especialistas de outros Estados sobre tendências.
Centro vai ter máquinas modernas para cortar tecidos e fazer moldes
Parte dos equipamentos utilizados no centro será de propriedade das indústrias participantes e a outra será disponibilizada pelo Senai-AM (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Amazonas). “São máquinas modernas empregadas para cortar o tecido e fazer moldes, sendo acionadas por meio de sistema computadorizado”, assegurou Engels Medeiros, ressaltando que os funcionários receberão treinamento para manusear as máquinas.
Com relação ao número de empregos, o presidente do Sindconf explicou que cada uma das 15 empresas deve contratar dez funcionários, gerando, em média, 150 postos de trabalho. Somando os empregados da área administrativa do centro, o total de empregos deve chegar a 200.
Os membros do conselho, responsáveis pela gestão do Cide 2, ainda não foram determinados. A administração será composta por integrantes dos parceiros do projeto.
Entidades apoiadoras
As instituições que apóiam o projeto são a Fieam, o Sindconf, o Senai-AM, o Sebrae-AM (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas), secretarias da Prefeitura Municipal de Manaus e governo do Estado, Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Atualmente, a primeira unidade do Cide acomoda 19
