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Redução de custos é desafio para construção civil no Amazonas

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O Sinduscon-Am (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas) iniciou, ontem, o processo de formação da primeira cooperativa da construção civil do Estado, que irá possibilitar a redução de custos na compra de insumos no setor, como cimento, tinta e o aço.

Pela cooperativa, os empresários da construção projetam solucionar a elevada despesa no preço de alguns produtos, como o cimento, que apresentou um reajuste em torno de 19% só neste ano e do aço, cujo elevação de preços já ultrapassa a 200% no último qüinqüênio.

Segundo o presidente do Sinduscon-Am, Joaquim Auzier, já existe um fornecedor de cimento de outro país interessado em fornecer o produto às indústrias do Amazonas por um preço de apenas R$ 11,50, o que significa uma redução de 47,73%, em relação ao valor de R$ 22 cobrado pela indústria local, uma economia de R$ 10,50 a menos. “Para obtermos cimento por essa quantia temos que reunir um conjunto de empresas de forma que possamos atingir um volume de 12 mil toneladas em compras, limite mínimo estipulado pelo fornecedor para a realização desse tipo de venda”, disse, destacando que no Amazonas há demanda suficiente para atingir o quantitativo mínimo em toneladas por mês.

Nesse objetivo, o sindicato está apresentando essa proposta às empresas e assim que houver um número suficiente de adesão para a compra do volume mínimo, as indústrias irão importar o produto. Essa proposta foi apresentada ontem em reunião ordinária realizada entre a diretoria do Sinduscon-Am e representantes dos sindicatos da construção da região Norte.

O presidente da Coopercon-CE (Cooperativa da Construção Civil do Ceará), Otacílio Valente Costa, participou ontem de uma reunião ordinária entre a diretoria do Sinduscon-Am e empresas associadas para apresentar a sua experiência nessa área. “Nossa cooperativa tem 11 anos e o ganho mais significativo em redução de custos que tivemos foi uma diminuição de 25% no preço do concreto e a redução no valor do cimento no mercado de R$ 14 para R$ 12,50, pois para não sofrer com a competição dos importados, as indústrias locais começaram a reduzir o preço do produto”, explicou.

O representante da cooperativa do ceará destacou, ainda, que a união entre as construtoras constitui como uma estratégia eficiente de se atingir a obtenção de vantagens comerciais no mercado. “A união de forças entre empresas do mesmo segmento serve como um meio de facilitar a realização de uma tarefa, que seria mais difícil se fosse realizada de forma isolada. Por ações conjuntas entre concorrentes, as empresas podem combater, com melhor eficiência, até mesmo a formação de cartéis”, justificou Valente.

Para a formação da cooperativa é necessário, no mínimo, a participação de 20 empresas do mesmo setor, que contribuem com uma taxa mensal, a ser definida em comum acordo entre os membros, para a manutenção administrativa. “No caso da nossa cooperativa, cada membro contribui com uma taxa de 1% ao volume comercializado por empresa”, explicou o presidente da Coopercon do Ceará.

A redução de custos é um dos principais objetivos a ser atingido pelas indústrias do segmento, que tem hoje um mercado em plena expansão. Segundo estatística do Sinduscon-Am de 2006 em diante o número de lançamentos de grandes empreendimentos imobiliários já atinge ao quantitativo de 50, sendo a maioria constituída de apartamentos.

No Amazonas, o segmento gera 18 mil empregos diretos, tendo apresentado um crescimento de 15% neste ano, em relação a 2006.

O atual contexto macroeconômico do país com redução da taxa selic, hoje fixada em 11,25% e controle da inflação, que não deve ultrapassar ao índice de 5% neste ano, tem favorecido o crescimento desse mercado. “Tudo está colaborando para que possamos manter a taxa de crescimento em 2008, até mesmo pelo grande número de terrenos comprados por construtora para lançamentos imobiliários”, concluiu Auzier.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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