O varejo está animado com as boas perspectivas no Natal deste ano. O setor supermercadista, por exemplo, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), espera vendas 11% maiores para as festas de fim de ano na comparação com o mesmo período do ano anterior, devendo encerrar 2007 com faturamento na casa dos R$ 132 bilhões. Mas todo esse otimismo pode ir por água a baixo se o varejista não se prevenir contra um grande vilão: os furtos.
Considerados ralos por onde se esvaem a competitividade, os furtos internos e externos são a segunda causa de perdas nas lojas, de acordo com a 7ª Avaliação de Perdas no Varejo Supermercadista, realizada pelo Provar (Programa de Administração de Varejo), em parceria com a Abras e a Nielsen. Para se ter uma idéia, o índice médio de perdas em 2006 atingiu 1,97% do faturamento de R$ 124,1 bilhões do setor. Somente o furto interno representou, no ano anterior, 20,1% das perdas. Os furtos externos corresponderam a 16,6%.
O problema dos furtos tende a se agravar no período natalino, quando quadrilhas organizadas, ladrões ou mesmo clientes e funcionários mal intencionados aproveitam o tumulto para subtrair produtos. Por esse motivo, é necessário redobrar a atenção, principalmente com itens de tamanho reduzido e de fácil revenda no mercado paralelo.
Segundo um levantamento do NEO (Núcleo de Etiquetagem na Origem), protetores solares, eletroeletrônicos portáteis, CDs e DVDs, além de bebidas alcoólicas, estão entre os mais visados.
“No Natal o problema se potencializa em função do aumento do fluxo de pessoas nas lojas. Assim, independentemente do tamanho ou da localidade onde está estabelecido, o varejista precisa estar atento. Um fenômeno interessante que detectamos é a migração desses delitos do eixo Rio-São Paulo para outras regiões menores, onde os ladrões pensam encontrar mais facilidade em praticar o furto”, explicou Eduardo Borel Duarte, gerente regional da Plastrom Sensormatic (www.sensorbrasil.com.br), empresa especializada em soluções de segurança eletrônica para o mercado corporativo.
“Nesse sentido, a utilização de sistemas eletrônicos é um poderoso aliado dos varejistas. A implantação pode reduzir as perdas em no mínimo 50% e proporcionar um diferencial competitivo perante a concorrência, pois o setor trabalha com margens reduzidas de lucros e não pode se dar ao luxo de perdas com os furtos. Além disso, e que talvez seja o mais importante, é o fato dos sistemas inibirem e desestimularem a ação das pessoas mal-intencionadas, pois ao entrarem em uma loja protegida saberão que vão encontrar dificuldades para subtrair alguma mercadoria”, completou o gerente da Plastrom Sensormatic.
