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Competências – A psicodinâmica do dinheiro

Uma série de artigos no âmbito comportamental tem sido seqüenciados neste espaço visando gerar reflexão ao leitor. Desta feita, vamos discorrer a respeito de um fator bastante presente no cotidiano das pessoas em todas as partes do planeta. Aliás, dissertar sobre a mola que move o mundo do capital, não é tarefa das mais simples. Falar do papel moeda, o dinheiro, inicialmente se faz necessário lembrar de suas nomenclaturas e demais nomes populares para traduzir o que o povo conhece por: “money”, “faz-me rir”, “bufunfa”, “din-din”, entre outros. Mais importante que os codinomes que se queira dar, o certo é, principalmente no mundo ocidental, que não se vive sem ele. Mesmo numa abordagem sucinta, à luz da ciência, vamos dissertar sobre o que o papel moeda significa para os humanos, suas representações psíquicas e como mola propulsora, fomenta certos equívocos e constroem outros tantos, em nome dos desmandos cometidos por pessoas que ainda não aprenderam a lidar com a natureza do ter, não sabendo fazer bom uso quando lhes chega às mãos.

Origem do dinheiro e as práticas dos povos orientais
Na Idade Antiga e Medieval, o dinheiro não ocupava os espaços que ocupa no modernismo vigente. Will Durant salienta que as formas mercantis, isto é, o objeto de comercialização se dava a base de troca em todos os aspectos. No Brasil esta forma recebeu o nome de scambo. Cambiava-se tudo, até mesmo a mão-de-obra que era permutada por um punhado de grãos ou outro tipo de alimento. Os instrumentos de troca foram as mercadorias mais procuradas. Dois bois valeriam uma muda de roupa, três valeriam um edredom, quatro uma espingarda, cinco, um cavalo, dois dentes de alce valeriam um cavalo. Atualmente no Oriente Médio entre árabes e sírios, uma mulher pode ser adquirida por dez camelos. Na Babilônia, a mulher valia menos que o homem Assim, durante séculos, muitas iguarias eram adquiridas neste formato onde a palavra tinha um valor monetário superestimado. Em certos casos homens e materiais eram precificados com base no rebanho que cada pessoa possuía. Uma armadura, por exemplo, valia nove cabeças, um bom escravo, quatro cabeças. Um comportamento também utilizado entre os romanos.

Metais preciosos, moedas preferidas das antigas civilizações
No momento em que surgiram os metais preciosos, logo tornaram-se as moedas preferidas das civilizações, uma prática que acontecia de 3600 a 2094 a. C., pelos egípcios e faraós. Pela não existência da moeda, o ouro e a prata, eram referenciais de valor. No Egito antigo, pagamentos de altos salários eram feitos em mercadorias, como trigo, pão, fermento, cerveja. Assim como, as taxa de impostos eram pagas em mercadorias onde os faraós construíam grandes armazéns para expor produtos do campo e das cidades. Na Índia, o comércio nos anos 860 a. C., ainda usava o gado como moeda de troca. Sendo que mais tarde com moeda de cobre cunhada, o dinheiro passou a ser circulante. Por não existir bancos, todo o dinheiro recebido de qualquer operação financeira era guardado nas casas, enterrado no campo ou entregue nas mãos de algum amigo de confiança.

Consumismo exacerbado atrai doenças psíquicas
Quanto uma pessoa precisa ganhar para viver confortavelmente? Qual a função do dinheiro? Isso merece uma análise criteriosa e uma boa dose de equilíbrio. Algumas pessoas concentram tanta energia na busca do ter se esquecem de viver. O consumismo exacerbado atrai doenças psíquicas com prejuízos de toda sorte. Deve-se repensar conceitos em relação ao que o mundo do capital nos apresenta. Evitar ser presa fácil dos apelos consumistas impostos por uma avalanche de propagandas. Vende-se de tudo na web, se for ao shopping, ao um grande varejista, a uma festa, os motivos e as facilidades de pagamentos são inúmeras. Apelos do tipo: “compre agora e pague a primeira parcela com 60 dias”. E assim, o encantamento vem, e o seu parco recurso vai, um gasto que poderia ser evitado. Ao invés de se adquirir um bem que deveria trazer conforto e p

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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