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Calote tem primeira alta em cinco meses no Brasil

A inadimplência dos consumidores registrou a primeira alta em cinco meses, com avanço de 3,6% em março na comparação com fevereiro, divulgou ontem a Serasa Experian. Ante março de 2012, a alta é de 8,7%.
O avanço na inadimplência ocorre tradicionalmente em março devido à concentração de despesas no início de ano como os gastos com material escolar e o pagamento do IPVA, segundo a consultoria.
Além disso, o aumento das pressões inflacionárias neste ano reduziu o poder de compra dos consumidores e contribuiu para o crescimento no índice de atrasos.
A inadimplência dos consumidores registrou uma sequência de quedas no fim do ano passado e no início deste ano, com consumidores priorizando o pagamento de dívidas e evitando contrair novos empréstimos.
Economistas da Serasa atribuem o fenômeno ao baixo nível de desemprego, ao crescimento da renda e às taxas de juros mais baixas. Mesmo com a alta de março, a consultoria de crédito espera que a inadimplência se mantenha em patamar comportado nos próximos meses devido ao cenário positivo.
No primeiro trimestre do ano, no entanto, a alta é de 10,5% em relação a 2012.
O indicador é realizado com base no volume de dívidas não pagas que são registradas na base de dados da empresa.

Cheques sem fundos

A alta verificada em março foi influenciada principalmente por um aumento nos cheques sem fundos, cuja quantidade cresceu 26,4% ante o mês anterior.
A inadimplência em dívidas não bancárias (com cartões de crédito, lojas, financeiras e prestadoras de serviço) cresceu 2,5% na mesma base de comparação.
Os atrasos nas dívidas com os bancos cresceram 0,2% e os títulos protestados avançaram 17,8%.

Valor médio

O valor médio das dívidas em atraso teve alta na maioria das modalidades durante os três primeiros meses de 2013.
As dívidas com os bancos ficaram, em média, em R$ 1.329,17 -alta de 3,3% na comparação com 2012. Os cheques sem fundos ficaram em R$ 1.573,29, aumento de 10,1% na mesma base de comparação, e os títulos protestados tiveram valor médio de R$ 1.356,60, alta de 1,9%.
No sentido contrário, o valor médio das dívidas não bancárias recuou 14,6% no primeiro trimestre, para R$ 345,37.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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