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Balão levará internet a populações ribeirinhas

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Uma solução simples utilizando tecnologia de ponta promete levar internet limpa e contínua para lugares mais remotos na Amazônia. Trata-se do projeto Artes (Aeróstato Remoto de Telecomunicação e Sensoriamento), desenvolvido por pesquisadores do Instituto Mamirauá com apoio do governo do Estado por meio da Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas) por meio de um balão de gás hélio pode ser implantado em ações como projetos temporários itinerantes e para a inclusão digital em comunidades ribeirinhas, dentro da floresta.
Pesquisadores do Instituto Mamirauá, por meio de um balão de gás hélio, terminaram a fase de testes de um equipamento que promete levar, de forma mais rápida e barata, internet para expedições científicas e populações ribeirinhas na Amazônia. A experiência faz parte do projeto Artes (Aeróstato Remoto de Telecomunicação e Sensoriamento), fomentado pelo governo do Amazonas, via Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas).
De acordo com o coordenador de Tecnologia da Informação do Instituto Mamirauá, Francisco Freitas Júnior, ao invés de utilizar uma torre de energia, o projeto pode ser mantido com fontes de energia solar fotovoltaica, de forma sustentável. “Uma torre de energia ocupa um espaço muito grande. Precisa de uma interferência na paisagem, abrir uma clareira na floresta, um grande esforço de equipe para instalação e alto custo de manutenção. Com o balão de gás hélio essas intervenções na natureza acabam”, alertou.
Segundo Freitas, o equipamento é composto por um balão suspenso com gás hélio, que possui uma base acoplada com objetos, como uma antena de recepção de sinal. “O balão pode ser instalado em qualquer localidade próxima a uma torre de transmissão de sinal de internet”, explicou.
Para Freitas este modelo de tecnologia remota por ser um ponto de apoio para as comunidades localizadas nas regiões, geograficamente, isoladas dentro da Floresta Amazônica. “O modelo é um intenso apoio para prover conexão e facilidade de acesso à comunicação, via internet ou telefonia, para as unidades itinerantes do instituto, em locais onde não existe conexão disponível. Então, para todos esses grupos que vão a esses pontos remotos em comunidades ribeirinhas ou realizando ações dentro da floresta o modelo pode ser um ponto de apoio”, afirmou o pesquisador do Instituto Mamirauá.

Desempenho

O equipamento recebe o sinal e o redistribui para uma área de cerca de 400 metros de diâmetro. Durante os testes conduzidos na cidade de Tefé, interior do Amazonas, distante 575 km da capital, o Artes alcançou 150 metros de altura, o que garantiu a redistribuição de sinal para a área.
Com a validação, o próximo passo é construir uma versão piloto do modelo para a aplicação, avalia o instituto. “O projeto pode ser implantado em ações como projetos temporários itinerantes e para inclusão digital em comunidades ribeirinhas”, informou Freitas.
Além disso, o projeto poderia ser utilizado no monitoramento, apenas com a instalação de sensores no chão da floresta ou o envio de informações das armadilhas fotográficas utilizadas em pesquisas científicas.
O Projeto Artes é executado pelo Instituto Mamirauá, Instituto de Computação da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), CTI (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer) também vinculado ao Mctic (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e pela empresa Ômega Aerossystems. A iniciativa é fomentada pela Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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