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No rastro da farinha

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O município de Uarini, reconhecido em todo o Amazonas pela qualidade da farinha de mandioca que produz, foi escolhido para iniciar o projeto piloto que pretende mapear e inventariar as farinhas brasileiras. A Expedição Uarini comandada pelo pesquisador dos saberes e fazeres da Cozinha Brasileira, Ricardo Frugoli, começou ontem (26), tem como principal objetivo testar através de metodologia científica a produção e utilização da farinha tipo “ovinha”. Esse verdadeiro rastreamento, faz parte do “Projeto Farinhas do Brasil”, criado por Frugoli.
Segundo Frugoli, os resultados desta pesquisa serão apresentados em artigo científico que deve ser publicado, no prazo médio de um ano, em revista científica, podendo colaborar com futuros estudos. “Além, de possíveis matérias publicadas nos veículos de comunicação regionais, nacionais e, até mesmo, internacionais, sobre a temática. Colaborando assim com a divulgação e valorização de nossa cozinha, de nossos ingredientes e também colaborando, de alguma forma, para registrar os saberes e fazeres de nossa cozinha”, salientou.
A farinha do Uarini faz parte do projeto pioneiro de pesquisa científica que pretende registrar de forma científica as farinhas brasileiras. Para realizar esta proeza no interior do Amazonas, o professor Mestre em Hospitalidade, Ricardo Frugoli, comanda a Expedição Uarini no período de 26 de julho até 4 de agosto deste ano. “A farinha do Uarini chegou a São Paulo como uma farinha glamourosa, já está ‘gourmetizada’, vamos dizer assim”, destacou.
A coleta de informações será feita por uma equipe de três pesquisadores, entre eles um fotógrafo, no município de Uarini, no centro do Estado do Amazonas, distante 570 km de Manaus. “Onde faremos o trecho Manaus-Uarini-Tefé em Barco Regional em dois dias de navegação e retornaremos em voo regular Tefé-Manaus. Pretendemos também nesta mesma viagem observar a produção no município de Tefé, no retorno”, explicou Frugoli.

Iguaria luxuosa

Apesar de chegar, em pouca quantidade, no Sudeste do país, a farinha do Uarini é considerada uma iguaria entre os renomados chefs. “A farinha do Uarini ainda chega muito pouco no Sudeste, mas chega como um produto de extremo luxo. Podendo chegar a R$ 70 o quilo. Esses produtos tipicamente amazônicos, vão parar na alta gastronomia como, por exemplo, no restaurante do Alex Atala e em grandes restaurantes de São Paulo”, revela Frugoli.
Para finalizar, Frugoli revela que esta é a primeira pesquisa realizada através de apoio. “Já foram realizadas diversas outras em formato parecidos, porém sempre financidas por recursos próprios. Desta vez estamos convidando parceiros para esta empreitada, que tragam bons resultados para o setor gastronômico, para a culinária regional e que movimentará a economia no país”, almeja o idealizador do projeto.
Ricardo Frugoli é graduado em Gastronomia e Mestre em Hospitalidade pela Universidade Anhembi Morumbi, professor na Pós-Graduação em Cozinha Brasileira no Centro Universitário do Senac SP, coordenador do grupo “doçaria brasileira” no Centro de Pesquisa em Gastronomia Brasileira na Universidade Anhembi Morumbi SP. Chef de cozinha no Catering Laboratório do Sabor, especializado em cozinha Brasileira. Foi diretor de Formatação de Novos Produtos na Braztoa (Associação Brasileira de Operadores de Turismo) e consultor em projeto da Paratur (Companhia Paraense de Turismo). Consultor na área de gastronomia, turismo e eventos. Responsável pelo laboratório do Sabor. Hoje o projeto conta com contribuição para nos ajudar nas despesas referentes a parte da logística para realização desta pesquisa.
Com o lema “Pesquisando para dividir conhecimento”, Frugoli busca recursos para cobrir o orçamento dessa primeira expedição, distribuído entre passagens aéreas: São Paulo – Manaus – São Paulo; passagens aéreas Tefé – Manaus; passagens fluviais: Manaus-Uarini-Tefé; hospedagem dos pesquisadores em Manaus, Uarini e Tefé; deslocamentos por terra; alimentação dos pesquisadores e locação de equipamentos. “Contamos com você!”, conclui.
Hoje o projeto conta com contribuições voluntárias que podem ser feitas através do site: https://www.catarse.me/expedicao_uarini_projeto_farinhas_do_brasil_9c03

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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